O Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por US$ 118,3 mil (-1,5%) na manhã desta terça-feira (12), a dois meses de um possível pico a US$ 135 mil e início do mercado de baixa, que pode representar uma correção de até 50% nos próximos dois anos.

Essa foi a análise feita no X pelo especialista em criptomoedas Benjamin Cowen, com base em ciclos históricos do rei das criptomoedas. A se confirmar essa tendência, a festa dos touros está perto do fim, pelo consequentemente fim da hibernação dos ursos do Bitcoin.

Você pode ver que em 2021, o Bitcoin subiu em agosto e então encontrou um topo local no final de agosto, atingiu a faixa de suporte do mercado de alta e então entrou no pico do ciclo de mercado, observou o especialista.

O fundador do ITC Crypto acrescentou que, em comparação com o ciclo anterior, “o Bitcoin atingiu um topo local no final de agosto e depois entrou na faixa de suporte do mercado de alta em setembro, antes de atingir o topo do ciclo de mercado”.

Portanto, se esse padrão continuar, isso sugeriria que o Bitcoin pode continuar a ter um bom desempenho durante a maior parte do resto do mês, sofrer um recuo em setembro para a faixa de suporte do mercado de alta e, então, entrar em qualquer que seja o pico do ciclo de mercado, potencialmente no quarto trimestre do ano, explicou.

Pelo gráfico, Cowen sugeriu que o BTC pode atingir a resistência de US$ 135 mil até novembro, quando se iniciaria o movimento corretivo que pode levar o BTC a uma região próxima a US$ 60 mil, até 2027.

Fonte: Captura de tela Benjamin Cowe/X

O especialista não abordou as questões macroeconômicas, porém, o final de 2021 coincidiu com a alta inflacionária decorrente da impressão de papel-moeda pelos bancos centrais durante a pandemia. O que foi sucedido pela alta nas taxas de juros para frear a inflação, caso do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos.

Coincidência ou não, um levantamento do Banl of America (BofA) revelou que 91% dos gestores de fundos acham que as ações de empresas estadunidenses estão supervalorizadas. Para o estrategista do BofA, Michael Hartnett, os ralis recentes do mercado acionário, que levaram a sucessivas quebras de máximas históricas de índices acionários associados ao Bitcoin, com o S&P 500 e o Nasdaq, representam a véspera do estouro de uma bolha. Nesse caso, Hartnett também observou que o nível de caixa representa apenas 3,9% dos ativos em circulação, o que sugere excesso de alavancagem.

Fonte: Blommberg

Para os entrevistados, os riscos atuais envolvem a guerra tarifária promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e a consequente resiliência inflacionária impedindo o corte de juros pelo Fed, o crescimento desordenado do endividamento da maior economia global pela emissão desordenada de títulos e consequente desvalorização do dólar americano, e o estouro da bolha da inteligência artificial (IA).

Na mesma direção pessimista, o economista Henrik Zeberg sugeriu que as criptomoedas podem subir até 1.000% com 60% do Bitcoin, mas estouro da bolha está perto e que “tudo vai desmoronar”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.