A startup brasileira PrivacyTools, um hub de ferramentas de conformidade usando inteligência artificial, blockchain e outras tecnologias inovadoras, está lançando uma ferramenta que tem objetivo de auxiliar as empresas na retomada às atividades no fim da atual quarentena contra o coronavírus.
Segundo um anúncio do portal Privacy Tech, a startup vai lançar o Passaporte da Imunidade, que será uma plataforma em conformidade com as Leis da Privacidade internacionais e a Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil (LGPD) para verificação de pessoas imunes ao coronavírus.
A plataforma vai proteger a privacidade de dados e terá uma certificação digital e registro em blockchain para comprovar a imunidade pessoal, que poderá ser verificada em todo o mundo sem exposição de dados sensíveis:
"Com o Passaporte de Imunidade o paciente possui um registro confiável (em Blockchain) com o resultado do seu exame, protegendo a privacidade e agregando confiabilidade no registro e que poderá ser verificado pelo DPO (o responsável pelo armazenamento de dados da empresa) para seu retorno às suas atividades profissionais."
O passaporte da imunidade teria sido discutido pelo Ministro da Economia Paulo Guedes, que permitiria que pessoas que estão imunes ao COVID-19 e não fazem parte do grupo de risco possam retomar as atividades.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, considera no anúncio que o passaporte trará benefícios:
"Nós queremos que o profissional de saúde, se estiver com sintomas e ficar isolado, ele pode sair do isolamento um pouco mais cedo se a gente tiver a confirmação de que ele está imunologicamente com segurança para sair de casa e voltar para o trabalho"
A posição de Guedes acrescenta mais um capítulo à polêmica, já que o presidente Jair Bolsonaro tem pressionado pela retomada das atividades e reunido aglomerações em passeios fora do Alvorada, mesmo em pleno crescimento exponencial da pandemia.
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende publicamente o isolamento social, cobrou um "discurso único" em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (12).
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