As fintechs brasileiras registraram um crescimento de 34% em 2020, mesmo com a pandemia de coronavírus e a grave crise econômica do país, que tem a moeda mais desvalorizada do mundo no ano. Os dados são da Distrito, empresa que monitora este mercado.
As startups brasileiras atraíram neste ano mais de US$ 2,2 bilhões em investimentos e quase metade deste montante foi para as fintechs, que já são 828 no país. Os investimentos, porém, ainda estão 15% abaixo do arrecadado em 2019.
Em comparação com 2019, o número de fusões dobrou até agora, com 14 registradas neste ano. Tiago Ávila, um dos responsáveis pelos dados da Distrito, falou ao portal Exame:
“A América Latina possui um mercado extremamente aquecido no setor de fintechs e o Brasil é o grande destaque da região. Apesar da crise, em 2020 observamos que essas startups não foram engolidas por empresas ou grandes bancos. Pelo contrário, percebemos uma aproximação cada vez maior desses players, seja por programas de aceleração, por parcerias ou mesmo contratações”
O estudo revela as áreas de maior atuação das startups de tecnologia financeira, com destaque para meios de pagamento (16%), backoffice (15%) e crédito (15%).
As startups de criptomoedas já são 6,3% de todo o setor, com 52 empresas deste tipo no país. Apesar disso, segundo o estudo, as empresas cripto não estiveram entre as contempladas com aportes em 2020.
Além de startups cripto, há ainda empresas de compliance (8%), serviços digitais (7%), investimentos (6%), tecnologia (5%), fidelização (4%), crowdfunding (4%), finanças pessoais (4%), entre outras.
Quem mais recebeu investimentos investimentos em 2020 foi o setor de serviços digitais, com US$ 600 milhões recebidos até agora, com US$ 300 milhões recebidos pelos bancos digitais Neon e Nubank.
Como o Cointelegraph Brasil noticiou nesta sexta-feira, o setor fintech agora prepara-se para o impacto do Pix, que vai ao ar em novembro transações instantâneas e abrirá oportunidades para todo o setor. Sobre o Pix, Ávila também opina:
“A chegada desta nova tecnologia para o segmento abre margem para inovações que vão beneficiar todo o setor”
Em setembro, o Cointelegraph também publicou a notícia que as fintechs e startups preparam novos produtos para aproveitar a revolução do Pix e do Open Banking.
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