As fintechs brasileiras seguem anunciando novidades na esteira do lançamento do sistema de transações instantâneas do Banco Central, o PIX.

Segundo o Valor Econômico, as fintechs estão investindo na ampliação do número de colaboradores e em tecnologia da informação (TI).

O banco digital pernambucano Zro Bank, lançado neste mês e que oferece transações em real e BTC, diz já ter investido R$ 500 mil na preparação da empresa para o PIX. Segundo o CTO da fintech, Marco Carnut, a empresa quer aproveitar o sistema para atrais os clientes para novos produtos:

“O principal desafio com o Pix é iniciar a operação, junto com outras demandas de produtos que já tínhamos”

Ele ainda diz que com o PIX, o plano é comprar e vender moedas todos os dias e horas da semana, aumentando o tempo do usuário na plataforma. A fintech deve lançar um cartão de crédito e diversificar a carteira com dólar e euro em breve. Em três meses, a empresa espera chegar a 100.000 clientes.

A Conta ZAP, de pagamentos digitais via WhatsApp, já investiu mais de R$ 19 milhões em novas tecnologias. O CEO da empresa, Roberto Marinho Filho, diz no texto:

“A chegada do Pix nos ajudará a ganhar escala no nosso objetivo, que é ser uma conta [bancária] simples e intuitiva. [...] Já destacamos uma liderança e um grupo de três profissionais somente para o ‘mundo’ Pix. Muitos produtos serão criados ou reinventados nos próximos anos.”

A fintech é parceira da telecom Oi desde julho e vai criar uma conta digital para os clientes da operadora focada nos desbancarizados. Na preparação do PIX, a Conta Zap também contratou novos profissionais e espera ampliar ainda mais sua rede de colaboradores.

Já a fintech paulistana SumUp, presente em 31 países, que atua com pequenas e médias empresas (PME), promoveu uma campanha chamada "Descomplica o num Pix", em que aborda as diferenças entre o PIX e os sistemas TED, DOC e QR Code.

A empresa lançou novas soluções durante a pandemia, como um link seguro de pagamentos a distância, uma ferramenta de e-commerce para donos de lojas físicas e um sistema de vale-compras que permite a venda antecipada de produtos e serviços para serem usados depois que a pandemia acabar.

Depois, neste mês, anunciou a aquisição da processadora de pagamentos Compraquí, em mais um passo da expansão a atuação da empresa no mundo.

E finalmente a Guiabolso, que é parceira de bancos para operar o PIX para pessoas jurídicas, quer aproveitas as inovações do ecossistema financeiro. A fintech tem um app que começou como organizador de finanças pessoais, no qual os usuários podem usar as contas bancárias para transferências pelo app, sem cobranças.

Gregório Kelner, conclui dizendo que os planos da fintech para o PIX são de ampliar as operações, permitindo pagamento de boletos e compras, além de permitir pagamentos usando mais de uma conta bancária. A fintech já recebeu, desde 2014, R$ 215 milhões em investimento.

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