As principais fintechs do Brasil já estão no sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o Pix, que abriu cadastro para clientes pessoa física e jurídica nesta semana.
A expectativa para a implementação dos pagamentos no sistema, prevista para novembro, é grande no setor de inovação financeira, que poderá oferecer soluções inovadoras e concorrer com instituições bancárias tradicionais por pagamentos instantâneos.
As maiores fintechs do Brasil, Nubank, Banco Inter, Neon, PicPay, entre outras, aproveitaram esta primeira semana para lançar uma série de promoções para garantir o cadastro dos dados de seus clientes para pagamentos.
Como se sabe, o Pix poderá inscrever CPF, telefone, e-mail ou uma chave aleatória do sistema para os pagamentos e transferências instantâneos, eliminando a exigência de número de agência e conta, como ainda acontece hoje em dia.
O cadastro de CPF e telefone foram os preferidos de bancos e fintechs, provavelmente por serem os dados mais à mão do consumidor, como noticiou o Cointelegraph Brasil.
Outras fintechs menores também correm por fora, oferecendo novos produtos de inovação financeira na esteira da digitalização, para atrair clientes fora da concorrência dos unicórnios Nubank e PagSeguro.
A startup LiveOn criou uma infraestrutura tecnológica para ajudar os bancos a personalizar seus serviços financeiros, com 27 bancos digitais em sua carteira de clientes.
O CEO da startup, Lucas Montanini, falou em entrevista recente sobre como o Pix vai impactar o setor profundamente:
"Existe um debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo. A revolução que chegará em novembro ao mercado tem mobilizado novos serviços, e nosso papel é dar os subsídios de inovação para que tudo ocorra com segurança e rapidez às empresas e aos consumidores”
Já a chegada do Open Banking deve completar a "revolução" financeira prometida pelo Banco Central. Para além dos pagamentos instantâneos, o open banking vai trazer a portabilidade de dados financeiros para o consumidor, desbloqueando plataformas para que a população controle toda sua vida financeira em uma só interface.
A inovação vai fazer com que o controle financeiro dos clientes de bancos, corretoras de investimento, exchanges e outros serviços estejam nas mãos dos próprios clientes e não das instituições.
Muitas fintechs também se preparam para esta revolução, preparando serviços que já se antecipam à implementação do Banco Central, prometida para 2021.
De qualquer forma, como tem noticiado o Cointelegraph Brasil, é somente com a implementação dos dois sistemas, Pix e Open Banking, que o potencial de desenvolvimento da digitalização financeira vai mostrar seus verdadeiros impactos sobre a população e instituições.
Em artigo para o InforChannel de setembro, o CEO da PagBrasil também escreveu sobre a revolução à vista para os brasileiros:
"Não é preciso ser especialista para entender que essas resoluções vão incentivar a inovação e competição entre as instituições financeiras e, consequentemente, quem se beneficiará serão os consumidores. [...] Todo o dinamismo que os pagamentos instantâneos e o Open Banking irão proporcionar para o mercado financeiro, fará com que ele se torne mais competitivo e menos engessado. E nessa corrida pelo digital e disruptivo, sobrevive quem acompanha o mercado e sai na frente dos demais."
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