Maior skatista da história do esporte brasileiro, Bob Burnquist está cada vez mais envolvido com o universo das criptomoedas e agora está preparando o lançamento do CriptoCria, um projeto social que vai oferecer cursos sobre criptoeconomia, tecnologia blockchain, NFTs (tokens não fungíveis) e programação para jovens de comunidades carentes, informou reportagem do Valor Econômico publicada no fim de semana.

O primeiro contato de Burnquist com o universo das criptomoedas aconteceu em 2017, quando ele investiu US$ 2.000 em Bitcoin por recomendação de amigos norte-americanos. Após multiplicar o aporte inicial em dez vezes, Burnquist vendeu os Bitcoins, embolsando US$ 20.000.

Um mês depois um novo inverno cripto teve início e o preço do Bitcoin entrou em uma espiral descendente que fez com que o skatista brasileiro ignorasse o potencial de crescimento do mercado no longo prazo. Mesmo assim, ele não deixou de acompanhar os desenvolvimentos da indústria e no ano passado tornou-se não apenas um investidor, mas também um criador.

Após estudar o potencial da Web3 e dos tokens não fungíveis, o skatista lançou uma coleção de NFTs intitulada "Burnquist Gold" em outubro do ano passado. Os 1.618 itens da coleção baseada na blockchain da Tezos  são inspirados em grafismos baseados na proporção áurea (Golden Ratio), também conhecida como proporção divina na matemática e foram criados pelo próprio Burnquist. Pouco tempo depois, ele vinculou sua imagem a um projeto de NFTs destinado à contribuir para a preservação da onça pintada brasileira.

O projeto CriptoCria marca uma nova etapa do envolvimento do skatista com a comunidade cripto. Através do Instituto Skate Cuida, Burnquist está promovendo a integração entre as suas duas paixões, aproximando universos aparentemente distantes:

"O Instituto Skate Cuida mostra outros aspectos do esporte para quem passou a se interessar por causa das Olimpíadas de Tóquio. O pessoal que veio por causa da Olimpíada vai descobrir que tem outras interações e formatos de competições."

O CriptoCria é fruto de uma parceria com as plataformas ShapeShift, Giveth e Impact e visa preparar os jovens para um mercado de trabalho em que há cada vez mais demanda por profissionais especializados nas novas tendências tecnológicas, como destaca Burnquist:

"A ideia é direcionar para uma mentoria em que o emprego do jovem não vá sumir. A tecnologia toma conta das coisas, então é importante direcionar para algo que permita que a pessoa leve recursos para a comunidade. Temos um onboarding mais simples de carteira de cripto e de como criar NFT. É mais fácil ensinar criptoarte e a forma de usar as redes sociais para quem é jovem. E é um mercado com muitas aplicações."

Burnquist também participa do NFT.Rio, primeiro evento internacional inteiramente dedicado ao mercado de tokens não fungíveis realizado no Brasil, que acontece de 29 de junho a 3 de julho, no Parque Lage, na zona sul do Rio de Janeiro.

Na quinta-feira, 30, o skatista participa do painel "A próxima jogada: esportes e NFTs", ao lado de Felipe Ribbe, diretor de desenvolvimento de negócios da Socios.com no Brasil, e de Felipe Baracchini, do Surf Junkie Club. Os ingressos custam R$ 100,00 a diária, dando acesso a todos os painéis de um determinado dia.

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