Sob pressão do Oriente Médio e do payroll, o Bitcoin (BTC) era negociado sob pressão vendedora na manhã desta quinta-feira (3) ao ser trocado de mãos em torno de US$ 60,5 mil (-1%). O que pode forçar um reteste para a região de US$ 52 mil (-14%), embora a criptomoeda tenha chance de disparar no curto prazo pela demanda reprimida de derivativos relacionados ao benchmark.

Em relação ao eventual recuo do Bitcoin, que pode transformar o Uptober (outubro de alta) em Downtober (outubro de queda), o estrategista em criptomoedas Justin Bennett usou seus canais nas redes sociais esta semana para observar que o nível de dominância da principal stablecoin lastreada ao dólar americano, o Tether (USDT), continua alto em sinal de proteção dos investidores.

“Para que o Bitcoin alcance máximas históricas, o domínio do Tether deve quebrar sua linha de tendência de 2018. Não há outra maneira. Isso não é um comentário pessimista sobre criptomoedas, é apenas uma observação. Todas as linhas de tendência eventualmente quebram”, salientou.

De acordo com o especialista, a considerar a ação de preços dos últimos seis meses, há grande chance de o BTC retraçar a vela de setembro antes de um novo rali em razão da ausência de gatilhos de alta, por ora. Nesse caso, a criptomoeda poderia testar o suporte de US$ 52 mil.

“Uma varredura sem recuperação é uma potencial quebra com continuidade e provavelmente não é algo que você deseja desejar. A recuperação é o gatilho. É o que inclina a balança do possível para o provável. Sem gatilho, sem negociação”, justificou.

Pelo lado otimista, o CEO e fundador da empresa de investimentos em criptomoedas Galaxy Digital, Mike Novogratz, disse em entrevista à CNBC que há uma demanda reprimida por opções de fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin, derivativos que podem catapultar a criptomoeda nas próximas semanas.

“O próximo grande choque para o Bitcoin será quando tivermos opções que sejam negociadas nos ETFs. A SEC [comissão de valores mobiliários dos EUA] disse que elas estão chegando. Não sei se será em três semanas ou um mês”, observou.

O entusiasmo de Novogratz se deve à aprovação da SEC para opções de um ETF spot de Bitcoin da gestora BlackRock, no final de setembro. Mas ele também está de olho nos ETFs alavancados da empresa MicroStrategy, que ultrapassam US$ 400 milhões.

“Se você olhar para a MicroStrategy como o único lugar agora onde você pode obter alavancagem no Bitcoin como um investidor de varejo, ela é negociada a mais de 2,3 vezes o valor do Bitcoin que tem, principalmente por causa das opções. Frequentemente, na maioria das semanas, é a maior ação de opção em todo o mercado”, declarou o especialista, acrescentando que os fluxos para os ETFs de Bitcoin devem continuar crescendo.

No radar dos especialistas também estão as três memecoins em alta de até 6.000% em três meses com sinal de rali de até 47% após o derretimento do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.