Um vazamento de dados de uma empresa finlandesa terminou com criminosos pedindo resgates em Bitcoin, para não divulgarem relatórios de tratamentos de milhares de pacientes, segundo o The Guardian.
Assim, os pacientes de 25 centros de psicologia na Finlândia foram afetados com as informações que foram acessadas através de uma invasão à Vastaamo, empresa que controla o gerenciamento de dados dos centros de psicologia atacados pelo golpe hack.
Além de pedidos de resgate em Bitcoin para os pacientes, os criminosos solicitaram dinheiro da empresa que foi invadida. No entanto, nenhum pagamento em criptomoedas ainda foi feito.
Resgate em Bitcoin para pacientes
Pedidos de resgate em Bitcoin estão sendo solicitados aos pacientes que tiveram dados vazados. Os criminosos entram em contato com as vítimas e pedem uma quantia em criptomoedas para que as informações pessoais não sejam divulgadas.
Dessa forma, em média os pacientes recebem pedidos de € 200 como resgate em Bitcoin, ou ainda, cerca de R$ 1.347, considerando a cotação atual para o real brasileiro nesta quarta-feira (28).
Segundo investigação sobre o caso, o valor deve ser pago em Bitcoin, ou então, informações do tratamento do paciente podem ser divulgadas pelos criminosos. Segundo entrevista da ministra do interior da Finlândia, Maria Ohisalo, a violação de dados na empresa Vastaamo atinge toda a população do país.
A ministra também encorajou a população a dar continuidade ao tratamento psicoterápico, embora o vazamento de dados tenha atingido 25 centros de psicologia na Finlândia.
“A violação de dados da Vastaamo é um ato chocante que atinge todos nós profundamente. A ajuda para problemas de saúde mental está disponível e pode ser acessada sem medo.”
Criminosos pediram R$ 2,9 milhões
Resgates em forma de Bitcoin não são incomuns na internet, e geralmente estão relacionados a vazamento de dados e informações sensíveis. No caso do vazamento da Vastaamo, milhares de pacientes foram atingidos com as informações acessadas por terceiros.
Assim, além dos pedidos de resgate feito aos pacientes com dados vazados, a própria empresa atingida pelo ataque foi ameaçada pelos criminosos. Enquanto pacientes deveriam pagar R$ 1.347 em Bitcoin, no caso da Vastaamo a cobrança equivale a R$ 2,9 milhões.
Esse foi o preço estabelecido pelos criminosos para não divulgarem as informações dos pacientes de psicoterapia na Finlândia. Por outro lado, as informações vazadas podem ser de dois anos atrás, de acordo com Tuomas Kahri, presidente da Vastaamo.
“De acordo com informações atuais, é seguro que nenhum dado vazou desde novembro de 2018.”
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