O conhecido grupo de hackers Revil, que invadiu os sistemas da petroquímica brasileira Braskem no começo de outubro, agora ameaça divulgar mais de 800 GB em dados da empresa na Dark Web se o resgate não for pago.

Segundo o portal Ciso Advisor, os hackers comandaram um ataque de ransomware em 3 e 4 de outubro, sequestrando 25 servidores com 874 GB em arquivos.

Agora, os invasores ameaçam vender todo o conteúdo através de um leilão na Dark Web se o resgate pedido por eles não for pago. O grupo postou uma mensagem:

"Temos 874 GB de dados, documentos corporativos e particulares, assim como arquivos que afetam investidores obtidos na rede local da empresa em mais de 25 servidores de arquivos; antes de baixar as informações são analisados e baixados apenas os mais importantes e críticos.

Daqui a alguns dias publicaremos aqui alguns dos arquivos desta empresa.

Vamos leiloar todos os dados mais tarde."

Apesar dos hackers dizerem que houve pedido de resgate, os valores não foram divulgados. Os operadores do ransomware são conhecidos por invadir sistemas de empresas e entidades públicas, com vários casos registrados neste ano.

Em setembro, o Revil levou um banco público chileno a fechar suas agências em um ataque similar. Antes disso, em julho, o grupo atacou a empresa ferroviária da Espanha, a ADIF, roubando também mais de 800 GB em dados.

O grupo também costuma pedir resgate em Monero depois de sequestrar os sistemas e arquivos. Também em julho, uma das vítimas foi a maior telecom da Argentina, pedindo resgate de US$ 7,5 milhões na moeda focada em privacidade.

O Brasil é um dos países do mundo que mais sofrem com ataques cibernéticos. Metade dos ataques orquestrados contra empresas na América Latina tiveram como alvo empresas no país.

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