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Walter BarrosWalter Barros

Transferências de criptomoedas no Mercado Bitcoin do varejo superam o restante da América Latina, diz relatório

Levantamento da Chainalysis apresentou os destaques do país na América Latina, sétimo maior mercado mundial de criptomoedas.

Transferências de criptomoedas no Mercado Bitcoin do varejo superam o restante da América Latina, diz relatório
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Dados divulgados em um relatório da empresa de análises Chainlalysis nos últimos dias jogaram luz sobre o avanço das criptomoedas na América Latina entre julho de 2021 e julho de 2022, período em que a região recebeu US$ 562 bilhões em criptomoedas, número 40% superior ao total do ano passado. O levantamento também mostrou que a América Latina abriga cinco dos trinta principais países no índice de criptomoedas, entre eles o Brasil, que aparece na primeira colocação com quase US$ 150 bilhões.

Para se ter uma ideia da mola propulsora que o Brasil representa para a América Latina em termos de transações envolvendo criptomoedas, sobretudo os investidores do varejo que, segundo o documento, foram responsáveis pela maior fatia do crescimento na região, as transferências feitas por players profissionais deste segmento, entre US$ 10 mil e US$ 1 milhão, representaram mais de 60% do volume total de negociações enquanto todo o restante da América Latina não chegou a 40%. 

O percentual apresentado no relatório levou em conta o volume de transações na plataforma da exchange de criptomoedas brasileira Mercado Bitcoin (MB), que também superou as transações relacionadas aos pequenos, menos de US$ 1 mil, e grandes investidores de varejo, entre US$ 1 mil e US$ 10 mil, embora tenha ficado atrás quando o assunto foram os investidores institucionais. 

Transferências de criptomoedas (MB versus América Latina) entre 2021 e 2022. Fonte: Chainalysis

Segundo Thomaz Fortes, líder de criptomoedas do Nubank, uma das maiores fintechs do mundo, que acaba de lançar sua própria criptomoeda, o Nucoin, e que se aproxima de dois milhões de clientes comprando criptomoedas em sua plataforma, lançada recentemente, o principal caso de uso dos investidores brasileiros é a especulação, a possibilidade de obter lucro.

“Os clientes querem uma maneira de expandir seus ganhos. As taxas de juros em mínimos históricos no país e a forte valorização dos preços das criptomoedas podem ter contribuído, mas a adoção continuou forte mesmo no chamado inverno das criptomoedas”, explicou.

Ao ressaltar o crescimento do serviço das transações do serviço de criptomoedas do aplicativo do Nubank, o executivo acrescentou que o crescimento do varejo no número de investidores de criptomoedas foi muito mais rápido do que no mercado de ações.

“Não são apenas indivíduos institucionais ou de alto patrimônio. Democratizar o acesso significa muita adoção no varejo. Aqui no Nubank, desenvolvemos a experiência de negociação de criptomoedas para que pudéssemos quebrar as barreiras de complexidade comuns em corretores de criptomoedas de nicho”, emendou.  

De olho nos investidores varejistas, a SMU Investimentos lançou esta semana uma “exchange de startups”, que permite a negociação no mercado secundário de tokens de contratos de empresas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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