Negociado em torno de US$ 108,4 mil (+0,2%) no início da tarde desta terça-feira (8), o Bitcoin (BTC) encontrava dificuldade para recuperar o suporte de US$ 109 mil. Por outro lado, o benchmark dava sinal de resiliência em relação a mais uma capítulo da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e animava especialistas para nova máxima histórica.

Sinto nas minhas flipagens que veremos $BTC em alta esta semana. O mercado, especialmente ETH e BTC, tem tido muitos ventos favoráveis ​​até agora (exceto por algo inesperado). Se tivermos sucesso, acho que veremos US$ 118.000 a US$ 120.000 bem rápido, disse o pseudônimo Pentoshi em uma postagem no X.

Outro otimista é Michael van de Poppe, que apontou no X um período de consolidação do nível atual, antes de um novo salto do BTC.

Um movimento constante de alta para toda a capitalização do mercado de criptomoedas. É questão de tempo até atingirmos uma nova máxima histórica, escreveu.

No rol dos possíveis catalisadores de alta do Bitcoin estão os fundos negociados em bolsa (ETFs) de BTC, de acordo com o que observou a Santiment no X.

Os ETFs de Bitcoin continuam a registrar grande movimentação de dinheiro entrando neles. Desde 6 de junho, houve apenas um dia com mais saídas do que entradas. Dito isso, a contínua entrada de fundos de ETFs é um bom presságio para o futuro do $BTC e das criptomoedas, escreveu a plataforma de análise.

Os ETFs estadunidenses de Bitcoin e de Ethereum registraram respectivos volumes de entrada líquida de US$ 216,64 milhões e US$ 62,11 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. A pressão compradora, e parte, evitou que o BTC acompanhasse a correção do S&P 500 e do Nasdaq, associados historicamente ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 6.229,98 (--0,79%) e 20.412,52 pontos (-0,92%). O que sucedeu uma nova rodada de anúncios do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, direcionados ao aumento de tarifas alfandegárias sobre produtos produzidos em 14 países.

Em cartas aos países, publicadas no Truth Social, Trump decidiu tarifar a partir de 1º de agosto África do Sul (30%), Bangladesh (35%), Bósnia e Herzegovina (30%), Camboja (36%), Cazaquistão (25%), Coreia do Sul (25%), Indonésia (32%), Japão (25%), Laos (40%), Malásia (20%), Mianmar (40%), Sérvia (35%), Tailândia (36%) e Tunísia (25%). O presidente disse ainda que os percentuais podem ser elevados em caso de retaliação. A nova ofensiva aconteceu depois que o republicando assinou um decreto adiando para o mês que vem o tarifaço sobre produtos de diversos países, medida anunciada em abril que começaria a vigorar na próxima quarta-feira (9).

A resiliência do BTC também sucedia as faíscas trocadas por Trump e o Brics, cuja reunião de cúpula terminou na terça-feira (7) no Rio. Isso porque o presidente dos EUA reiterou ameaças feitas no começo do ano ao declarar que pode impor tarifa adicional de 10% a países que se alinharem ao grupo.

Com o apelo institucional em alta, apesar do tarifaço de Trump, o especialista  Arthur Driessen, analista da Crypto Investidor, disse esta semana que a rejeição de US$ 110.500 pode comprometer a busca por novas máximas no curto prazo, abrindo caminho para reteste no suporte de US$ 100.000.

Por outro lado, ele observou que o Bitcoin bateu recorde no fechamento semanal e não descartou uma nova máxima histórica no curto prazo, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.