O Bitcoin teve uma semana de recuperação, voltando brevemente à faixa de US$ 11.000 e consolidando esta faixa nesta sexta-feira. Na semana, a alta acumulada da maior criptomoeda já supera os 5%
Agora há a expectativa para o Bitcoin testar mais uma vez a resistência mais importante desde 2018, em US$ 12.500. Os analistas, porém, acreditam que ainda não é o momento de vencer este nível no curto prazo.
E se o Bitcoin sobe, as altcoins vêm atrás. O Ether se candidata novamente aos US$ 400, depois de bater em US$ 390 nesta sexta-feira. A capitalização do Tether chegou a impressionantes US$ 15 bilhões.
Entre as finanças descentralizadas, o destaque DeFi da semana foi a plataforma UniSwap, que lançou um airdrop de seu token de governança, o UNI, com a comunidade cripto correndo para não perder um potencial hype do setor. Resta saber se a UniSwap vai se recuperar dos tombos do SUSHI e do CRL.
Paulo Guedes negocia perdão de dívidas de igrejas por imposto sobre Bitcoin
O Ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, teve mais uma semana de tensão nos bastidores. Com a polêmica do fracasso do Renda Brasil, programa que substituiria o Bolsa Família, o ministro nesta semana fez lobby pela aprovação do novo imposto sobre transações digitais.
A nova taxação, que pode afetar diretamente as exchanges de criptomoedas, entrou na negociação pela derrubada do veto presidencial da dívida das igrejas, que soma mais de R$ 1 bilhão.
A Câmara também discute mudar a atual lei de combate à lavagem de dinheiro, tipificando a ocultação de bens com criptomoedas.
Outro destaque da semana foi uma pesquisa que revelou que mais de 3 milhões de brasileiros estão perdendo dinheiro com investimentos na crise.
O Tribunal do Trabalho ainda recomendou que provas de um processo fossem registradas em uma blockchain.
A corretora de investimentos XP Investimentos também foi notícia, ao listar para negociação um fundo com 100% de exposição ao Bitcoin e outras criptomoedas, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários.
Também dentro da criptoesfera brasileira, o Brasil ganhou mais uma exchange, desta vez uma parceira da gigante Binance.
A BRZ, considerada a criptomoeda brasileira mais negociada do mercado, chegou a R$ 675 milhões na FTX
Uma das maiores exchanges do Brasil, a Foxbit, foi eleita entre as empresas mais éticas do setor financeiro brasileiro.
A Mercado Bitcoin e uma construtora fecharam parceria para pagamento de imóveis com criptomoedas.
Já entre os casos de Justiça e de polícia envolvendo criptomoedas, o conhecido Philip Han, investigado por pirâmide de R$ 1 bilhão, criou outra empresa, a My Hash, que tampouco tem autorização da CVM.
Finalmente, a Atlas Quantum, que já foi uma das maiores empresas do Brasil, voltou às manchetes com um dos investidores desfalcados dizendo que teria recuperado seus Bitcoins bloqueados pela empresa. A Justiça teria descoberto que a empresa usou uma fintech como laranja para "pulverizar" seus bens.