Avançado na manhã desta quinta-feira (10), o mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 2,59 trilhões (+5,5%), enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 81,7 mil (+7,2%) com dominância de mercado a 62,6%, sentimento dos investidores deslocado do medo extremo para o medo (25%) e a maioria das principais altcoins em alta em meio à explosão do BABY a 7.900%, por conta da listagem inicial do token.

A reação do Bitcoin, que apresentou uma variação intradiária entre US$ 76 mil e US$ 83,5 mil, correlacionava-se com o rali do S&P 500 e do Nasdaq, encerrados respectivamente em 5.456,90 (+9,52%) e 17.124,97 pontos (+12,16%), entre outros índices acionários que seguiram o mesmo caminho.

A euforia dos mercados sucedeu mais um capítulo da montanha-russa das tarifas alfandegárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos de outros países. O que aconteceu na última quarta-feira (9), quando o republicando decidiu suspender por 90 dias a cobrança de tarifas adicionais a diversos países, decretada na semana passada. 

A decisão também causou recuo na cotação do dólar americano, embora a decisão de Trump não inclua a China, que elevou a 84% a taxação de produtos dos EUA, medida que foi sucedida pela elevação a 125% a produtos chineses, em mais uma decisão de Trump.

O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se recuado a 35,60 pontos (-31,97%) com alta acumulada de 30% em cinco dias. No entanto, o otimismo não foi suficiente para uma reversão nos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH), que sofreram respectivas saídas líquidas de US$ 127,12 milhões e US$ 11,19 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.  

O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, mantinha-se a 16 pontos. Nesse grupo, o ZEC recuava a US$ 32,85 (-5%), o XTZ retornava a US$ 0,57 (-2,4%), o AVAX avançava a US$ 17,95 (+9,9%), o XRP estava cotado a US$ 1,99 (+9,9%), o ADA estava precificado em US$ 0,62 (+9,8%), o SHIB se nivelava por US$ 0,000012 (+9,5%), o SUI se localizava em US$ 2,13 (+9,5%) e o CRV chegava a US$ 0,50 (+9%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, que se apresentavam em maior número, o FARTCOIN valia US$ 0,71 (+33,7%), o FLR alcançava US$ 0,014 (+27%), o TAO representava US$ 232,22 (+17,4%), o XCN estava precificado em US$ 0,012 (+41,5%), o UXLINK se comparava a US$ 0,59 (+24,6%), o DSYNC era comprado por US$ 0,14 (+23,8%), o MOG se estabelecia em US$ 0,00000037 (+21,5%), o OSAK se convertia em US$ 0,000000063 (+41,4%) e o Swisscheese (SWCH), que se apresenta como uma exchange voltada a ações tokenizadas, era negociado por US$ 0,35 (+87%).

Um dos destaques era a listagem inicial do Babylon (BABY), projeto que permite o staking autocustodial de BTC diretamente na rede Bitcoin para aumentar a segurança das blockchains PoS (Prova de Participação), em diversas exchanges de criptomoedas globais. Entre elas, Kucoin, AscendEX, Phemex, OKX, Bitvavo, Bitrue, Bithumb, Bybit Futuros e Bitget, onde o BABY era negociado por US$ 0,11 (+5.350%) após abrir a US$ 0,0020 e atingir um pico de preço de 0,16 (+7.900%).

Gráfico de 24 horas do par BABY/USDT. Fonte: Bitget/TradingView

Em comunicado, a Binance adiou para 8 horas (horário de Brasília) a listagem do BABY, que abriu a US$ 0,03 e era transferido por US$ 0,088 (+190%) após um pico de US$ 0,11. No dia anterior, a exchange anunciou um airdrop de 75.000.000 do novo token em meio à queda do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.