A Associação de Profissionais de Propaganda (APP Brasil) lançou esta semana a InspireIP, plataforma que oferece registro de direitos autorais em blockchain dentro do Depósito de Ideias, serviço da APP Brasil voltado a agências e profissionais de comunicação para proteção de campanhas, ideias, peças, obras, temas e conceitos.

Ao destacar a incorporação da InspireIP pelo Depósito de Ideias, serviço que comprova a anterioridade de obras, em casos de serem reproduzidas ou copiadas por terceiros sem autorização prévia do autor, o presidente da APP Brasil, Silvio Soledade, exaltou a importância do serviço contra possíveis plágios.

“Queremos disseminar ainda mais este serviço para que pequenas e médias agências e profissionais independentes possam garantir a exclusividade das suas ideias”, acrescentou.

Por sua vez, a fundadora da InspireIP, Caroline Nunes, salientou que atualmente “no mercado não existe tecnologia mais segura que a blockchain para depósitos.”

“O registro via blockchain é realizado de forma criptografada, então o conteúdo não é revelado para o público e a gente consegue comprovar quem realizou o registro, sem mostrar o conteúdo. Por isso, é bem parecido com o registro de um envelope lacrado”, explicou.

Ao salientar a imutabilidade dos contratos inteligentes, a InspireIP elencou outras características da utilização da tecnologia disruptiva, no caso a inclusão dos dados autorais em livro-razão de maneira descentralizada, sem cópia, de maneira que os registros permitem a visualização pública da data, autenticidade, origem, integridade do documento sem expor publicamente o conteúdo em si.

O advogado Paulo Gomes de Oliveira Filho, sócio-fundador do escritório de advocacia Paulo Gomes Advogados Associados e diretor da APP Brasil, também se mostrou entusiasmado com a adoção da blockchain ao argumentar que:

“[…] é um fator de grande valia na defesa dos direitos autorais e conexos de seus criadores, que se valem desse serviço da APP, na salvaguarda do patrimônio intelectual dessas pessoas físicas e jurídicas.”

Quem também saiu em defesa da blockchain esta semana foi o advogado Paulo Vigna, em um artigo ressaltando que a substituição do papel por blockchain não afeta legalidade dos títulos de crédito, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil