A AmFi, uma plataforma que conecta originadores a investidores globais por meio de lending pools, um protocolo de empréstimos em blockchain, informou esta semana que a fintech está otimista com a possível abertura da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em relação às soluções em blockchain por parte de empresas capacitadas a trazerem soluções para o mercado de capitais brasileiros. 

Segundo a empresa, o ofício circular publicado pela CVM no começo de abril enquadrando os tokens de renda fixa e de recebíveis (TRs) com valores mobiliários é uma demonstração de que a autarquia federal está aberta ao debate junto aos players do mercado.

“É completamente viável oferecer esses benefícios ao mercado e ao mesmo tempo observar as preocupações da CVM, que o levou aos preceitos regulatórios atuais. A principal discussão que seria saudável acontecer entre mercado e regulador é sobre como fazer isso. Ou seja, quais isenções e simplificações podem ser praticadas pelos players que estruturam e disponibilizam produtos financeiros tokenizados, desde que assumam determinadas responsabilidades e deveres sem gerar desbalanceamentos com os modelos e players tradicionais”, argumenta o CPO e cofundador da AmFi,  João Pirola.

O executivo acrescenta que a AmFi tem discutido as orientações da CVM com investidores e originadores e enxerga o impacto na evolução regulatória, que fecha ou abre oportunidades de negócio para a empresa, no futuro, conforme as discussões e decisões evoluírem. 

“Mesmo que sejam pontos que não nos impactam diretamente agora, pois não distribuímos tokens de recebíveis individuais nem oferecemos produtos abertamente para investidores de varejo, estamos próximos e atentos a oportunidades e pontos de atenção que possam surgir neste importante momento do mercado”, explica João.

Baseadas em blockchain, as transações da fintech têm como lastro ativos financeiros tradicionais, como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), duplicatas ou ativos judiciais. Até o fim de 2023, a expectativa é realizar cerca de 50 operações e alcançar R$ 500 milhões em valor total bloqueado (TVL) na plataforma. 

“Temos assumido uma postura totalmente informativa para a nossa comunidade por meio da produção de lives e conteúdos que buscavam reduzir o ruído observado no mercado e reforçar nosso compromisso de construir a evolução do mercado de capitais, mas colocando compliance, segurança e transparência em primeiro plano”, finaliza o cofundador da AmFi.

Quem também parece otimista em relação aos movimentos regulatórios das criptomoedas no Brasil é a custodiante de criptomoedas Paxos, que pretende aumentar suas operações no país por meio de uma parceria com a Mastercard, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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