A criptomoeda SUI foi uma das mais buscadas nesta quarta-feira (3) no CoinGecko, devido ao seu explosivo lançamento, marcado por grandes variações de preço nos primeiros minutos de negociação. Dada a relevância do projeto por trás do ativo digital, o Mercado Bitcoin (MB) resolveu listá-lo em sua plataforma, sendo a primeira exchange brasileira a realizar o feito.

Disponível para negociação

A movimentação feita pelo MB foi rápida, disponibilizando a SUI para negociação em menos de 12 horas após seu lançamento oficial, e criando o primeiro par da criptomoeda com o real (SUI/BRL). Lucas Pinsdorf, responsável pelo desenvolvimento de Novos Negócios no MB, disse que a exchange não poderia ficar de fora do lançamento.

“Esse ativo vem de uma comunidade forte, em um projeto que busca resolver alguns problemas antigos que outras redes sofrem, como escalabilidade e velocidade das transações”, afirma Pinsdorf.

A Mysten Labs, equipe responsável pela Sui, blockchain por trás da moeda digital de mesmo nome, foi desenvolvida por engenheiros do Meta, antigo Facebook, que trabalhavam na divisão Diem. A Diem era a área dedicada às iniciativas com criptomoedas, que envolviam uma stablecoin e uma carteira digital para criptoativos.

 “Quando o projeto do Meta de fazer uma stablecoin (Libra/Diem) ruiu por pressão regulatória, os desenvolvedores se dividiram em duas frentes: uma delas focou no Aptos (APT), que já temos listado aqui no MB, e a outra, na Sui (SUI), que apresentamos agora não apenas como oportunidade para os nossos clientes diversificarem suas carteiras de investimento, mas também para contribuírem no processo de fortalecimento da Web3.”

A proposta da Sui

A Sui é mais uma das blockchains de primeira camada que se intitulam capazes de resolver problemas de escalabilidade apresentados por outras redes já existentes. De acordo com seu white paper, a equipe por trás da Sui alega que a rede é capaz de processar de 10.871 até 297 mil transações por segundo (TPS). A título de comparação, o Ethereum está processando 29,33 TPS no momento da escrita desta matéria, apontam dados da ETHTPS.

A linguagem de programação Move, compartilhada pela blockchain Aptos, foi usada na criação da Sui. A Move é uma linguagem agnóstica em relação às suas plataformas, permitindo a criação de repositórios e ferramentas comuns a diferentes blockchains, viabilizando vastos modelos de dados e execuções.

A Mysten Labs captou US$ 336 milhões em duas diferentes rodadas de investimento, contando com nomes como a16z, Franklin Templeton, Coinbase, The Spartan Group e FTX Ventures. Em março, porém, a empresa por trás da Sui anunciou a compra dos US$ 96 milhões em tokens aos quais a FTX tem direito pelo seu investimento.

O valor recebido de grandes fundos de capital de risco foi usado para finalizar a criação da blockchain Sui, e será usado em iniciativas de marketing na região Ásia-Pacífico.

Leia mais: