Apenas alguns dias depois de anunciar 223 vagas de emprego em todo o Brasil, o presidente da processadora de pagamentos Stone, Tiago Piau, anunciou o corte de 20% dos funcionários da fintech nesta terça-feira, informa o portal Exame.

Segundo o texto, 1.300 funcionários devem deixar a empresa e serão comunicados individualmente, segundo a assessoria de imprensa.

Piau reuniu os colaboradores nesta terça-feira pela manhã em uma vídeo conferência para fazer o anúncio. A fintech é considerada um dos 10 startups unicórnio do Brasil, avaliada em US$ 7,5 bilhões.

Quando a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil, a Stone adotou esquema de home office para todos os funcionários. A fintech também lançou em março um pacote de incentivos de R$ 30 milhões, além de abrir uma linha de microcrédito para o varejo de R$ 100 milhões.

Com o aprofundamento da crise, porém, a situação se deteriorou, como Piau justifica em carta pública:

“Nosso planejamento precisa ser revisto. Neste momento, devemos nos basear no presente – e não na expectativa de futuro, como sempre fizemos em um contexto mais estável”

Ele também diz que deve evitar a terceirização de funcionários para manter as qualidades de serviço, mas a "maior crise da história da economia recente" deve impactar na estratégia da empresa para os próximos meses:

“Nossa lógica é contratar hoje para daqui a alguns meses ter uma equipe preparada para atender aos nossos novos clientes e para que haja sempre gente dedicada a pensar em novas soluções. Porém, em um contexto de grande queda das vendas do varejo, vivenciando o que claramente é a maior crise da história da economia recente, essas duas estratégias contribuíram para um descasamento entre investimentos e receitas em nossa companhia.”

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