Alvo de uma ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Pix gerou R$ 106,7bilhões de economia aos brasileiros, desde o início das operações da plataforma de transações do Banco Central (BC), em 2020, de acordo com dados do Movimento Brasil Competitivo (MBC) divulgados esta semana pela Folha. Já rede de supermercados portuguesa Continente anunciou a expansão da aceitação do Pix.

O Pix se tornou alvo de uma ofensiva do governo Donald Trump no mês passado, depois da abertura de uma investigação do USTR (Escritório Representante de Comércio dos EUA), sob a Seção 301 da legislação norte-americana, mecanismo que autoriza medidas de retaliação econômica sempre que práticas estrangeiras sejam consideradas prejudiciais aos interesses comerciais dos EUA, embora o documento assinado pelo representante do USTR, Jamieson Greer, não mencione diretamente o Pix.

Denominada “captura de custo”, a metodologia do estudo do MBC se baseou no cálculo de quanto as pessoas teriam gastado em taxas por meio de pagamentos considerados mais caros, como o TED e cartões de débito. O que levou em conta o volume de transações de pessoas físicas para empresas, a taxa cobrada em cima de transações no cartão e a taxa das empresas sobre o Pix, além da redução do número de transações via TED.

Segundo o estudo, somente no primeiro semestre de 2025, a redução de custos gerou uma economia de R$ 18,9 bilhões aos brasileiros. Montante que pode chegar a R$ 40,1 bilhões em 2030, caso se mantenha o crescimento do ritmo de adesão do Pix. O que já acontece em terras portuguesas, através de iniciativas como as do Continente, que ampliou essa semana a aceitação de Pix para 12 lojas de Lisboa a região.

A sua integração nas lojas Continente visa facilitar as compras da crescente comunidade brasileira em Portugal, proporcionando uma solução prática e familiar, informou o Continente, em comunicado divulgado na última quinta-feira (7).

A iniciativa do Continente, que começou através de um projeto-piloto com seis lojas de Braga, no Norte do país, foi viabilizada na esteira de uma joint venture formada entre o banco cambial brasileiro Braza Bank e a empresa de pagamentos portuguesa Unicre, detentora da marca REDUNIQ, sediada em Lisboa e que está há mais de 50 anos no mercado, parceira de gigantes como Visa, Maestro, Diners Club, Apple Pay e Google Pay, e que possui mais de 100 mil pontos de venda espalhados pelo país europeu.

Este novo meio de pagamento [Pix] é complementar aos já existentes nas lojas Continente - Continente Pay, Cartão Universo, VISA, Mastercard (incluindo cartões estrangeiros como Revolut), Multibanco, MBWAY, AMEX e numerário -, sendo uma das muitas medidas que o retalhista tem vindo a implementar para garantir que todos os seus clientes se sintam bem atendidos nas lojas, acrescentou o Continente.

Usado como rampa de acesso a stablecoins, o Pix acaba de se integrado pelas carteiras de criptomoedas Ledger para compra de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.