Na manhã desta terça-feira (8), o mercado de criptomoedas se recuperava parcialmente do banho de sangue do dia anterior ao operar com um market cap de US$ 2,5 trilhões (+4%), enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 78,9 mil (+2,3%) com 62,6% de dominância de mercado, sentimento de medo extremo dos investidores (-19%) e maioria das principais altcoins avançadas, em até 50%. No entanto, 14 tokens recuavam até 60% pelo anúncio de deslistagem na Binance.
A alta sinalizava a compra do mergulho ocasionado pelo tombo dos mercados em decorrência do início da cobrança de tarifas recíprocas pelos Estados Unidos a produtos de outros países. O movimento retrátil foi mais forte nas bolsas asiáticas, incluindo a China, cuja vantagem é expressiva na balança comercial com os EUA.
O país asiático retaliou o anúncio da semana passada do presidente Donald Trump ao impor os mesmos 34% de tarifas adicionais aos EUA. O governo chinês também afirmou que não vai ceder às novas ameaças do presidente dos EUA, de imposição de mais 50%, caso Pequim não retire sua decisão.
O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, localizava-se em 43,71 pontos (-3,53%) com alta acumulada de 93% em cinco dias.
Em meio FUD (medo, incerteza e dúvida), os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin recuaram em líquidos US$ 109,21 milhões enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) caminharam em linha, segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, avançava a 17 pontos. Nesse grupo, o FORM valia US$ 1,95 (-3,2%), o CRV avançava a US$ 0,47 (+9,9%), 0 AVAX estava precificado em US$ 17 (+8,7%), o ENA era trocado por US$ 0,29 (+8,5%), o CAKE se convertia em US$ 1,76 (+8,4%), o RAY era vendido por US$ 1,63 (+8%), o DOGE orbitava US$ 0,15 (+8%) e o SOL ascendia a US$ 109,29 (+7,9%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o FARTCOIN representava US$ 0,57 (+22,5%), o CORE se transformava em US$ 0,48 (+21,7%), o ZEC se nivelava por US$ 34,55 (+21%), o AXL atingia US$ 0,32 (+15,7%), o MYTH estava precificado em US$ 0,16 (+23,7%), o AERGO era transacionado por US$ 0,13 (+32,7%), o EDU representava US$ 0,13 (+36,8%), o ABT respondia por US$ 0,54 (+21,7%), o RFC estava cotado a US$ 0,039 (+50,7%) e o NEURAL se localizava em US$ 2,49 (+36%).
Chamava a atenção a queda verticalizada de alguns tokens, como o Cream Finance (CREAM), negociado por US$ 1,60 (-60%).
Gráfico de 24 horas do par CREAM/USD. Fonte: CoinMarketCap
O CREAM faz parte de um lote de 14 tokens que serão deslistados no próximo dia 14 pela exchange de criptomoedas Binance, decisão que ocorreu após uma votação dos usuários e a conclusão do processo padrão de due diligence, de acordo com o comunicado da exchange. Os 14 tokens a serem removidos são: BADGER, BAL, BETA, CREAM, CTXC, ELF, FIRO, HARD, NULS, PROS, SNT, TROY, UFT e VIDT.
Entre as novas listagens em exchanges estavam WIN, SUN e AR na Kraken, KAITO na Uphold, GO e FORTH na BitMart, ALE na Gate.io, RFC, COW, CETUS e MBX na AscendEX.
No dia anterior, a liquidação de traders de criptomoedas explodiu 1.100% enquanto o Bitcoin amargava o ‘remédio’ de Trump, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.