Em um alerta do final de fevereiro relativo ao “flop” do MATIC, um popular analista de criptomoedas usou uma analogia para ilustrar o que ele prevê como derrocada do token da blockchain de camada dois (L2) Polygon: “Próximo Chainlink.” Isso por causa do declínio do LINK, token da plataforma de oráculos descentralizados, desde os seus “tempos áureos” durante o inverno cripto de 2018. Por outro lado, o LINK pode estar diante de um novo cenário com o desenvolvimento da plataforma “Functions”, voltada ao desenvolvimento de aplicações (API) para a Web3, anunciada no último dia 1. Dois dias depois, três baleias foram rastreadas movimentando mais de US$ 79 milhões, em LINK, em questão de minutos.
De acordo com uma publicação da plataforma de análise on-chain Santiment do final de semana, na última sexta-feira (3), a atividade das baleias marcou o maior pico de transação do LINK nos últimos 90 dias. A altcoin estava precificada em US$ 6,90 (-1%).
🔗🐳 Something appears to be brewing with #Chainlink, as @santimentfeed picked up 3 big whale transactions all occurring within 11 minutes of each other during Friday's final hours. In total, 11.6M $LINK were moved, approximately $79.7M, to whale wallets. https://t.co/Y0ZSBowxcG pic.twitter.com/FfTvVyhiwh
— Santiment (@santimentfeed) March 4, 2023
A Santiment captou três grandes transações de baleias, todas ocorrendo dentro de intervalos de 11 minutos no final de sexta-feira, quando o serviço de rastreamento de blockchain Lookonchain também detectou grandes transferências de LINK envolvendo um dos endereços de baleias mencionados pela Santiment. Na ocasião, a altcoin foi transferida do suprimento não circulante de LINK para a carteira de uma baleia, que, posteriormente, transferiu para a exchange de criptomoedas Binance, onde poderia negociar livremente.
A movimentação sucedeu o anúncio de lançamento da “Functions”, que, segundo a Chainlink, já está em fase de testes, com uma versão beta lançada nas redes de teste da Ethereum e Polygon. De acordo com a empresa, o projeto representa “uma plataforma de desenvolvedor sem servidor que capacita qualquer pessoa a conectar facilmente um contrato inteligente a qualquer API Web2 e executar cálculos personalizados usando a rede altamente segura e confiável da Chainlink.”
Argumentando que atualmente os desenvolvedores Web3 não podem conectar contratos inteligentes a APIs da Web2, a empresa classificou a iniciativa como um "novo capítulo" na história da Chainlink, já que o protocolo estima que, atualmente, cerca de 30 milhões de desenvolvedores Web2 não podem aproveitar a infraestrutura com a qual trabalham para construir aplicativos para Web3.
A Functions, que visa resolver esse problema permitindo a criação de projetos "híbridos", contará com a colaboração dos serviços de nuvem do Google, Cloud, e a AWS da Amazon. A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, também será uma das colaboradoras do projeto, segundo a Chainlink.
“Com o Chainlink Functions, os desenvolvedores Web3 podem criar conexões de maneira rápida e segura, desde contratos inteligentes até recursos off-chain, de maneira self-service, sem precisar executar sua própria infraestrutura”, explicou a empresa.
A Chainlink informou ainda que a ideia é que o Functions seja uma rede de computação descentralizada para testar aplicativos Web3 à medida que são desenvolvidos, mas fora das blockchains. Portanto, adaptadores externos não seriam necessários para conectar contratos inteligentes com a atual infraestrutura de internet. A startup acrescentou que a Functions "abre um novo mundo de casos de uso para construtores Web3", mas ainda não revelou a data oficial do lançamento da plataforma.
Quem também acaba de lançar uma plataforma blockchain é a startup brasileira Blockchain One, que passou a oferecer diversos serviços “Blockchain-as-a-Service” em uma nova plataforma, incluindo uma versão gratuita a empresas e indústrias, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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