O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,18 trilhões (-1,9%) na manhã desta sexta-feira (7), ocasião em que o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 97,7 mil (-1%) com dominância de mercado elevada a 60,7%, sentimento de medo dos investidores (35%) e a maioria das altcoins em queda, apesar da alta de até 665% de alguns tokens.

Em meio ao pânico das sardinhas que podem derrubar o Bitcoin a US$ 74,4 mil, o benchmark cripto aguardava um possível novo catalisador de volatilidade. No caso a divulgação do payroll, relatório mensal do Departamento do Trabalho sobre as folhas de pagamento não agrícolas dos Estados Unidos, referente a janeiro. 

A possível turbulência foi percebida no dia anterior, quando o BTC chegou a perder o suporte de US$ 96 mil e se dissociar dos índices S&P 500 e Nasdaq, que possuem correlação histórica com a criptomoeda, encerrados respectivamente em 6.083,57 (+0,36%) e 19.791,99 pontos (+0,51%).

A reação difusa dos investidores, contrastada ainda pela baixa do Dow Jones a 44.747,63 pontos (-0,28%), aconteceu após a divulgação da pesquisa mensal ADP/Stanford Lab apontar que os EUA criaram 183 mil empregos no mês passado, porém com 13 mil empregos a menos no setor manufatureiro no comparativo com dezembro. O que redobrou a atenção dos investidores em relação ao payroll, já que os números podem apontar os próximos passos da taxa de juros do Federal Reserve (Fed) e impactarem mercados como o de criptomoedas.

"Estamos tendo um bom início de 2025, mas isso mascara as divergências no mercado de trabalho. Os setores voltados para o consumidor impulsionaram o crescimento do emprego, enquanto as contratações foram mais fracas em serviços empresariais e na indústria manufatureira", disse em nota a  economista-chefe da ADP,  Nela Richardson.

Apesar do recuo a 15,35 pontos (-2,66%) do Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin sofreram com a pressão vendedora em líquidos US$ 140,3 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) registraram US$ 10,65 milhões em entradas líquidas, segundo dados da plataforma SoSoValue.

Espremido em 32 pontos, o índice altseason, que mede o desempenhos das 100 altcoins mais bem capitalizadas, corroborava a menor exposição dos traders ao risco, apesar dos US$ 253,2 milhões em liquidações alavancadas, cerca de US$ 182 milhões (+41%) em posições compradas (long) e US$ 70,5 milhões em posições vendidas (short), segundo dados da plataforma Coinglass.

No grupo das principais altcoins em capitalização de mercado, o TAO caía a US$ 335,03 pontos (-10,4%), o XCN recuava a US$ 0,027 (-8,7%), o S retornava a US$ 0,43 (+6,8%), o SUI era trocado por US$ 3,24 (-6,5%), o LDO se convertia em US$ 1,72 (-6,4%), o SWFTC derretia a US$ 0,022 (-19,9%), o TOSHI tombava a US$ 0,00077 (-11,3%) e o FLR valia US$ 0,020 (+3,3%).

Quanto às altas de dois a três dígitos percentuais, o recém-listado BERA era transacionado por US$ 7,66 (+665%), o XYO era vendido por US$ 0,023 (+30,4%), o ANT pareava US$ 1,79 (+58%), o BAN se nivelava por US$ 0,071 (+15,6%), o SNAI se comparava a US$ 0,051 (+11,5%), o XION estava cotado a US$ 1,47 (+22,5%), o RETARDIO avançava a US$ 0,040 (+14,1%) e o BRISE respondia por US$ 0,000000083 (+14,1%).

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam BERA na Huobi, Biconomy, Crypto.com, Phemex e Coinbase, SNAI e GRIFT na Kucoin, SUIAI na BitMart, PLUME na LBank, 3ULL na Bitrue e BUZZ na Kucoin.

No dia anterior, um rival do Ethereum subiu de US$ 0,05 para US$ 14,87 e 29.640% em listagem na Binance, Bitget e outras, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.