Um investidor de Santos procurou a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade litorânea para fazer um Boletim de Ocorrência contra a BWA e seus organizadores acusando a empresa de apropriação indébita de um investimento que realizou com a empresa que prometia retornos financeiros garantidos por meio de supostas operações com Bitcoin.

Na Delegacia, ao Delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, como revela o jornal Tribuna, o investidor contou que perdeu casa e carros acreditando nas promessa da empresa e chorou ao contar seu relato.

O empresário relatou que inicialmente aplicou na empresa um dinheiro que tinha guardado e que estava disponível sem prejudicar as necessidades do lar, no entanto, como viu que os pagamentos prometidos pela BWA vinha sendo cumpridos nos prazos determinados, se animou e acabou comprometendo até mesmo sua própria casa.

"Com os pagamentos iniciais sendo cumpridos o investidor relatou que se animou e acabou vendendo dois imóveis que tinha e mais dois veículos para aplicar na empresa. Porém infelizmente ele não consegue receber os valores investidos agora", relatou a reportagem revelando que após as vendas, hoje, o investidor mora de aluguel e anda a pé já que não tem mais veículo.

No total, o investidor de Santos teria aplicado cerca de R$ 4 milhões na empresa, incluindo o investimento inicial, a venda dos veículos e das residências.
Ainda segundo o delegado cerca de 20 pessoas já procuraram a delegacia para registrar Boletins de Ocorrência contra a empresa relatando um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões.

A BWA operava oferecendo investimentos no Brasil sem autorização ou dispensa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por conta do atraso de seus pagamentos diversos clientes têm procurado a justiça em busca de solução para seus problemas. A Justiça por sua vez já determinou busca e apreensão de bens em nome da empresa e de seus sócios, além do bloqueio do passaporte de cerca de 10 pessoas supostamente ligadas a empresa.

Contudo, segundo informações, Paulo Bilibio, que seria apontado como o dono da BWA estaria morando nos EUA desde o ano passado quando, também por conta da BWA, acabou sendo sequestrado em um caso envolvendo polícias Civis, Militares e da Rota, todos contratados pelo empresário Guilherme Aere, acusado de ser o mandante do crime. Todos respondem em liberdade.

Como noticiou o Cointelegraph, a BWA também é acusada de ter ajudado o empresário Carlos Massa, conhecido como Ratinho, na compra da rádio "Estadão FM". Contudo a acusação foi rejeitada pela Justiça embora na inauguração da Rádio houve publicidade de uma suposta parceria entre a Rádio e a empresa. Durante a inauguração da rádio também estiveram presentes os então 'comandantes' da BWA.

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