O uso do dinheiro físico vem caindo no Brasil aponta pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) junto com a Deloitte.

Assim, segundo a Febraban,  63% das operações bancárias foram feitas em canais digitais ao invés das agências.

Apenas pelo celular são feitas 44% do total de transações do setor em todo o Brasil no ano passado.

Desta forma, segundo a Febraban, de cada 10 transações, 6 são feitas por meio digitais, e, assim, usando "dinheiro digital".

“O mobile banking transformou-se em uma expressiva porta de entrada para a inclusão financeira de milhões de brasileiros pela possibilidade de carregar no bolso e acessar, em qualquer hora ou local, serviços antes restritos a agências bancárias”, afirmou o diretor da entidade Gustavo Fosse.

Banco na palma da mão

De acordo com o levantamento, as operações com movimentação financeira no smarthphone tiveram alta de 41% no ano passado em relação a 2018.

Na comparação anual, o mobile banking mostrou significativo avanço em todas as transações pesquisadas: contratação de investimento (alta de 114%); tomada de crédito (+47%); transferências, DOCs e TEDs (+43%); pagamento de contas (+39%).

A pesquisa também revelou que a contratação de seguros por celular cresceu 133%, enquanto os depósitos virtuais mostram alta de 327% nesse canal.

O cliente do mobile banking faz login no banco 23 vezes por mês, sendo que os chamados heavy users ­– usuários que fazem mais de 80% das transações em um único canal - visitam seu banco 40 vezes, na média mensal.

Já as contas abertas pelo smartphone cresceram 66% em 2019, na comparação ao ano anterior, totalizando 6,5 milhões.

Investimento em tecnologia

Este avanço nas transações digitais tem feito os bancos aumentarem os investimentos em tecnologia.

Assim, os investimentos feitos pelo setor bancário em tecnologia cresceram 48% em relação a 2018, e o orçamento total chegou a R$ 24,6 bilhões, somados aos gastos do setor em TI, que tiveram alta de 14%.

Portanto, os investimentos em tecnologia bancária passaram de R$ 5,8 bilhões para R$ 8,6 bilhões, enquanto as despesas cresceram de R$ 14 bilhões para R$ 16 bilhões. 

“Os bancos brasileiros sempre funcionaram como um importante indutor em inovações no país. A crise impulsionou a digitalização dentro e fora das instituições financeiras, mas já estávamos preparados e queremos continuar ajudando o cliente a criar um DNA digital que lhe permita ter acesso a serviços com maior valor agregado, mais eficiência e redução de custos”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.

Blockchain

O investimento em novas tecnologias é feito também pela Febraban.

Desde 2018, em parceria com a CIP e com os principais bancos do país a Federação lançou o DeviceID.

O DeviceID é uma aplicação em blockchain voltada a fornecer mais segurança para as instituições financeiras.

A aplicação permite o compartilhamento de um conjunto de informação dos usuários de bancos e instituições financeiras, para com isso criar uma camada nova de segurança para sistemas antifraude e de identificação.

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