O mercado de criptomoedas avançava a um market cap de US$ 3,23 trilhões (+0,7%) na manhã desta sexta-feira (21), quando o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos em torno de US$ 98,6 mil (+1,2%) com dominância de mercado recuada a 60,5%, sentimento dos investidores avançado para zona neutra (42%) e a maioria das principais altcoins em alta, de até dois dígitos percentuais.
O desempenho do Bitcoin se dissociava dos índices S&P 500 e Nasdaq, encerrados respectivamente em 6.117,52 (-0,43%) e 19.962,36 pontos (-0,47%). O que surpreendeu a maioria dos traders de criptomoedas liquidados nas últimas 24 horas. De acordo com o mapa de calor da plataforma Coinglass, a reversão de preço do BTC e das principais altcoins capitaneou a maior fatia dos US$ 358,1 milhões (+200%) em liquidações. Isso porque, desse total, US$ 272,6 milhões eram de posições vendidas (short) ante US$ 85,9 milhões em posições compradas (short). O que representa dizer que a maioria dos perdedores esperavam a queda de preços do BTC e da maior parte dos tokens.
Mapa de calor de 24 horas de liquidações de traders alavancados de criptomoedas. Fonte: Captura de tela/Coinglass
O avanço a US$ 124,4 bilhões (+4%) do interesse aberto diante da alta do preço do BTC também representava sinal otimista para a criptomoeda, embora, para o CEO da desenvolvedora de jogos Pixelmatic, Samson Mow, o marasmo do BTC nos últimos dias pode ser manipulação de preço.
Por outro lado, alguns indicadores corroboravam para o FUD (medo, incerteza e dúvida) dos investidores, e consequente aumento da aversão ao risco, associado a mercados como o de criptomoedas. O que coincidia com as incertezas macroeconômicas e geopolíticas envolvendo a imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociações com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o fim da guerra contra a Ucrânia.
Um desses sinais, o aumento a 106,67 pontos (+0,29%) do índice de força do dólar americano (DXY), coincidia com o aumento da capitalização de mercado do Tether (USDT), principal stablecoin lastreada à moeda fiduciária da maior economia global. Já o Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, mantinha-se avançado a 15,57 pontos (+2%), enquanto os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) sofreram, no dia anterior, respectivos saques líquidos de US$ 364,93 milhões e US$ 13,09 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Entre as principais altcoins em capitalização de mercado, o APT recuava a US$ 6,41 (-4%), o XRP valia US$ 2,67 (-1%), o WLD avançava a US$ 1,28 (+9,9%), o SEI era transacionado por US$ 0,27 (+9%), o GALA representava US$ 0,024 (+8,8%) e o IMX era trocado por US$ 0,79 (+8,7%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o Story (IP) se convertia em US$ 5,06 (+55,9%), o JTO se equiparava a US$ 3,42 (+28,8%), o VIRTUAL se nivelava por US$ 1,27 (+22,9%), o KAITO valia US$ 1,91 (+64,3%), o BNX estava precificado em US$ 1,13 (+27,2%), o JEWELRY atraía US$ 7,29 (+41,2%), o PONKE representava US$ 0,18 (+40,7%), o FWOG se nivelava por US$ 0,089 (+38,9%) e o SIREN estava avaliado em US$ 0,086 (+70%).
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam KOALA na P2B, QUAI, XYO e NXQ na BitMart, PAIN na Bitrue, BROCCOLI na Kucoin, ARKM na Upbite, HYPE na OKX Futuros, KAITO na Crypto.com, Huobi, Coinbase, Bybit Futuros, OKX Futuros e Bitrue, e AIXBT e ODOS na Kraken.
No dia anterior, uma nova criptomoeda explodiu 3.400.000% em dia de reação do Bitcoin e listagem na Binance, Bitget e outras, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.