O sequestro de Zenaide Ribeiro da Silva, 31, mãe de Cláudio Oliveira e Raquel de Oliveira, ex-mulher do empresário que já foi chamado de o "Rei do Bitcoin" foi destaque nos jornais matinais da Rede Record e Rede Globo, hoje, 02 de dezembro.
O caso chamou a atenção da imprensa que teria sido avisada do ocorrido pela Polícia de Minas que teria enviado um comunicado de imprensa as emissoras e veículos de comunicação do Estado.
O Cointelegraph vem acompanhando o caso que teria ocorrido no sábado, 30 de novembro, as 8h30 em Anápolis, Goiás, quando Raquel teria sido abordada por Luís André Martins, 30, que seria cliente do Grupo Bitcoin Banco, do qual Cláudio Oliveira é dono. Martins alega que teria cerca de R$ 8 milhões nas plataformas do GBB, NegocieCoins e TemBTC e não teria conseguido, assim como milhares de pessoas, reaver seus valores o que teria motivado o sequestro.
Martins, armado, teria abordado Raquel e obrigado a ex-mulher a informar o local onde se encontrava a mãe do empresário. Junto com a ex-mulher e mais um comparsa, todos se dirigiram em um carro até a feira IAPC, também em Anápolis, onde encontraram Zenaide que também foi abordada e sequestrada.
Imagens de como teria sido a primeira abordagem de Martins à ex-esposa de Cláudio Oliveira foram divulgadas pela Rede Record e mostram a mulher sendo conduzida até uma caminhonete branca.
Depois de terem sequestrados as duas mulheres, Martins e o comparsa foram até Águas Lindas, em Goiás, onde teriam trocado de carro e gravado vídeos e enviado mensagens para Cláudio Oliveira pedido o pagamento da suposta dívida do GBB com ele, no valor de R$ 8 milhões. No local também teria gravado vídeos que teria enviado ao controlador do GBB.
Os vídeos foram compartilhados nas redes sociais mas não mostram a ex-mulher de Oliviera, somente a mãe do empresário que está no banco traseiro do carro com Martins. Também não são exibidas armas de fogo no vídeo.
Especialistas ouvidos pelo Cointelegraph levantaram algumas dúvidas sobre as gravações que circularam nas redes sociais.
"O que chama a atenção é que em um dos vídeos, no qual Cláudio Oliveira aparece supostamente conversando ao vivo com o sequestrador, na verdade ele está 'falando' com uma mensagem enviada pelo aplicativo WhatsApp. É possível identificar a possível 'falsa' conversa no momento 0.26 s, do vídeo no começo da reportagem"
Pouco antes deste print, Cláudio estaria conversando 'ao vivo' com suposto sequestrador, mas na verdade ele via um vídeo no WhatsAPP.
Após as gravações, o carro seguiu até a Fazenda Barreiro, no município de Cabeceira Grande, a 650 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais e que fica próximo a Anápolis, No local as vítimas foram mantidas em cárcere privado e também teriam sido ameaçadas de morte.
Contudo, o fazendeiro percebeu uma movimentação estranha em sua propriedade e chamou a Polícia Militar que, ainda sem saber do sequestro, foi até o local. Segundo relatos, ao perceber a movimentação, os sequestradores teriam fugido e abandonado as vítimas no cativeiro. Ninguém foi preso e, segundo uma nota enviado pelo Grupo Bitcoin Banco, o GBB não efetuou qualquer pagamento aos sequestradores.
Nota do GBB sobre o caso
"O GBB informa que o sequestro de familiares do empresário aconteceu neste sábado (30) em Anápolis/GO. A empresa informa que a Polícia Anti Sequestro e a Polícia Militar resolveram o caso de forma rápida e eficiente, resgatando as vítimas ilesas. As autoridades já identificaram os responsáveis por este ato violento e já está tomando as medidas necessárias. Não houve pagamento de nenhum valor aos sequestradores. Agradecemos aos policiais envolvidos pela agilidade e alto nível de profissionalismo que resolveram a questão preservando a segurança das vítimas."
Como noticiou o Cointelegraph, recentemente o Grupo Bitcoin Banco deixou seus clientes ainda mais revoltados com a situação da empresa ao ter um pedido de Recuperação Judicial aprovado pela Justiça e, desta forma, postergar em até dois anos os pagamentos de seus usuários além de 'parar' todas as ações em curso contra a empresa já que agora todos os credores devem procurar o Administrador Judicial para tentar reaver o valor custodiado.
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