Atingindo máximas das últimas três semanas, o Bitcoin (BTC) era negociado pouco acima de US$ 17,3 mil (+1,8%) na manhã desta segunda-feira (5), quando a criptomoeda respondia por 38,3% de dominância de mercado, cuja capitalização era de US$ 869 bilhões (+1,8%). Apesar do avanço, a maioria dos analistas atribui a alta de preço ao recuo do índice DXY, que mede o dólar americano frente a uma cesta de moedas consideradas fortes, apesar de alguns ainda apostarem em um rali de alívio antes do término de 2022.
O enfraquecimento do dólar e consequente alívio de preços do BTC e de diversas altcoins estaria relacionado à expectativa do mercado em relação à divulgação da inflação de novembro nos EUA, o que, por sua vez, pode sinalizar entre os investidores quais serão os próximos passos do Federal Reserve, o banco central dos EUA, em relação a uma possível nova elevação na taxa de juros depois dos dias 13 e 14, quando acontece a reunião do comitê de política monetária (Fomc) da instituição.
Enquanto as análises pessimistas sugerem que a queda do BTC em direção a uma região entre US$ 12 mil e US$ 14 mil seria inevitável, a recuperação da criptomoeda, ainda que possa se mostrar momentânea, era disseminada pela maioria das principais altcoins por capitalização de mercado, em maior ou menor grau. O ETH, era negociado por 1.295 (+3%), o ADA respondia por US$ 0,32 (+2,1%), o MATIC era transacionado por US$ 0,94 (+2,7%), o LTC estava nivelado em US$ 82,84 (+8,6%) e o SOL respondia por US$ 14 (+4,4%), entre outras altas.
Em relação às altas de dois dígitos, o AXS era trocado de mãos por US$ 8,22 (+21%), o ILV estava precificado em US$ 47,92 (+14,2%), o YFII estava cotado em 1.791 (+37%), o KRD estava avaliado em US$ 0,89 (+13,8%), o SAFE era transacionado a US$ 8,13 (+12,1%) e o TIME respondia por US$ 84,65 (+12,9%).
Negociado a US$ 0,80 (+103%), um dos destaques era o XTF, que se apresenta como token de utilidade da Offshift, projeto que se considera pioneiro em finanças privadas descentralizadas (PriFi), composto por um ecossistema de "aplicativos que conferem vários elementos de privacidade, anonimato e confiabilidade na camada um da rede Ethereum."
Gráfico diário do par XFT/USD. Fonte: CoinMarketCap
Segundo o Offshift, o XFT desempenha um papel integral em tokemonics dos aplicativos PriFi por meio do burn-and-mint, que representa a queima de XFT para cunhagem de sintéticos privados e vice-versa, ou seja, a cunhagem de sintéticos privados em troca de XFT, de volta ao lado público.
Entre mensagens otimistas e de fraude, inclusive, na página do projeto no CoinMarketCap, era possível perceber que os desenvolvedores do projeto procuram fomentar sua comunidade em grupos nas redes sociais e eventos, em linhas gerais. Mas não era possível identificar uma ação específica, como um aporte financeiro ou uma listagem em uma grande exchange, que pudesse ser relacionada à alta de preço do XFT.
Na última semana, a alta de 129% de uma “criptomoeda morta” deixou os investidores em alerta enquanto o Bitcoin lutava por US$ 17 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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