Movimentando cerca de US$ 811 bilhões (+0,4%) na manhã desta quarta-feira (21), o mercado de criptomoedas não dava sinais de um rali de curto prazo, o que aparentemente reduzia as chances de o Bitcoin (BTC) orbitar em uma região entre US$ 18 mil e US$ 22,5 mil, onde há uma grande atividade do BTC. A lateralização pode ser compreendida pela manutenção do FUD (medo, incerteza e dúvida) com diversos episódios no ecossistema cripto desencadeados a partir do início de novembro com a crise e posterior falência da exchange de criptomoedas FTX, mas também pela pressão macroeconômica externa, encabeçada pelo aumento na taxa de juros pelos bancos centrais e uma guerra em andamento.
Na última terça-feira, o Banco Mundial reduziu para 2,7% o crescimento econômico para a China em 2023, percentual que é pouco mais da metade dos 4,3% estimados em junho. Na Coreia do Sul, o Banco Central (BoK) reduziu de 2,1% para 1,7% a perspectiva de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, quando o comércio global deverá cair 0,2% segundo um estudo da Oxford Economics. Entre os agravantes está a Guerra da Ucrânia que deverá impactar a economia global em US$ 2,8 trilhões em produção perdida no ano que vem, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Correlacionados ao mercado de ações e, em especial, aos papéis das grandes empresas de tecnologia listadas na Nasdaq, a maioria dos projetos envolvendo criptomoedas sentiam o pessimismo macroeconômico por serem considerados investimentos de risco, o que afasta os investidores, que buscam por segurança. O reflexo desse sentimento podia ser percebido no preço do Bitcoin (BTC), negociado em torno de US$ 16,8 mil (+0,4%), e das principais altcoins por capitalização de mercado, com exceção das stablecoins, que oscilavam entre quedas de até -2% e alta que não chegavam a 1%.
Apesar do marasmo, diversos projetos avançavam, embora de maneira mais discreta. O XRC estava precificado em US$ 0,028 (+7,1%), o ETC respondia por US$ 16,35 (+3,5%), o OKB era negociado por US$ 22,75 (+3,2%), o CVX respondia por US$ 3,53 (+1,9%) e o TRX respondia por US$ 0,055 (+2,1%).
Negociado a US$ 1,42 (+7,5%), o XFT chamava a atenção pela continuidade da ascensão do preço do token, que acumulava alta de 443% em 30 dias. Tanto que, no início de dezembro, o token já chamava a atenção ao imprimir uma alta diária de 103%.
Gráfico mensal do par XFT/USD. Fonte: CoinMarketCap
O XFT é o utility token da Offshift, plataforma que se apresenta como pioneira em finanças privadas descentralizadas (PriFi), composto por um ecossistema de "aplicativos que conferem vários elementos de privacidade, anonimato e confiabilidade na camada um da rede Ethereum."
Pelo que é possível perceber, a equipe responsável procura manter uma narrativa de entusiasmo em relação ao futuro da plataforma, entre elas o lançamento de uma nova versão.
Na última segunda-feira, o token de uma exchange da Indonésia subia 40% ao anunciar uma queima de tokens, horas depois a Binance anunciava a compra da empresa, conforme noticiou o Cointelegraph.
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