A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quinta-feira, 05/06/2025, em R$ 595.877,36. Os touros tentaram diversas vezes nestes 10 dias romper com US$ 106 mil, porém sem sucesso, o que favorece um período de liquidação no qual os ursos devem tentar um teste em US$ 100 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os masiáticos iniciaram o dia em leve alta, impulsionados pela expectativa de cortes de juros pelo Banco Central Europeu e pelas discussões comerciais em andamento. O dólar americano manteve a tendência de queda após a divulgação de dados econômicos mais fracos nos EUA, incluindo crescimento modesto no setor de serviços e criação de empregos abaixo do esperado.

O Bitcoin manteve-se estável, sendo negociado na faixa dos US$ 105.000, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas fiscais e comerciais globais. A tendência no curto prazo ainda é de neutralidade, com o mercado aguardando a divulgação de novos dados econômicos”, disse.

Além disso, o mercado de criptoativos mostra sinais claros de esgotamento. Apesar de dados macroeconômicos favoráveis e da desaceleração da inflação nos Estados Unidos, os preços das principais criptomoedas recuaram nesta semana, ao mesmo tempo em que as entradas institucionais via ETFs e a movimentação de empresas do setor apontam para uma possível virada negativa no curto prazo.

Após o lançamento do token da Pump.fun, a Circle anunciou a venda de ações no valor de US$ 1 bilhão, elevando sua avaliação para US$ 6,9 bilhões. Já a exchange Kraken estaria se preparando para um IPO ainda em 2025. Segundo analistas, essas movimentações refletem uma janela de oportunidade que as empresas buscam aproveitar enquanto os preços seguem altos.

“Essa onda de IPOs indica que os insiders estão realizando lucros. Quando companhias começam a vender participação em massa, é um sinal clássico de que esperam crescimento mais lento ou até uma correção nos preços”, avalia Valentin Fournier, analista-chefe da BRN.

O comportamento dos ETFs reforça esse diagnóstico. As entradas nos fundos de Bitcoin caíram para US$ 87 milhões, uma retração expressiva em relação ao início da semana. Os ETFs de Ethereum também perderam força, com fluxos reduzidos pela metade para US$ 57 milhões — o que interrompe a sequência de alta que vinha se mantendo até então.

“A desaceleração nos ETFs institucionais confirma a perda de fôlego do mercado. Estamos mais cautelosos no curto prazo”, diz Fournier.

Bitcoin análise técnica

Os números do mercado refletem esse novo humor: o valor total de mercado das criptos caiu 1,2%. O Bitcoin recuou 0,9%, cotado a US$ 104.500, enquanto o Ethereum caiu 1%, para US$ 2.610. A Solana foi a mais atingida, com queda de 2,9%, cotada a US$ 152.

Diante do cenário, a BRN anunciou uma readequação em sua carteira. A alocação em caixa subiu para 50%, enquanto a exposição ao Bitcoin foi reduzida para 40%. Ethereum agora representa 8% do portfólio, e Solana caiu para 2%.

“Estamos reduzindo risco e adotando uma postura mais defensiva. Esperamos uma correção gradual, enquanto os investidores de longo prazo se reagrupam”, conclui Fournier.

Já Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o BTC está numa zona extremamente importante e precisa se manter acima dela para continuar o movimento de alta até US$ 124 mil. Segundo ele, o suporte do BTC agora é US$ 102 mil a US$ 103 mil, e depois o próximo suporte está entre US$ 98 mil e US$ 96 mil dólares. E resistência de curto prazo é US$ 106.500 e US$ 109.600.

“Para quem está de fora do mercado, essa zona dos US$ 102 mil, US$ 103 mil pode ser uma zona para uma pequena compra. A gente sempre indica ao investidor iniciante trabalhar com o DCA, então fazer compras parceladas e quinzenais ou semanais,olhando para o longo prazo.E para os traders que estão especulando no curto prazo, a gente indica neutralidade. Enquanto o mercado não der um sinal melhor de compra, entrar um fluxo comprador, a gente está 100% neutro no curto prazo para o BTC”, afirmou.

No entanto, para a analista conhecida como Lingrid no Telegram, o BTC reverteu sua resistência descendente e formou uma mínima mais alta acima do suporte. Um impulso constante dentro da cunha ascendente coloca a zona-alvo de US$ 110 mil bem ao alcance. A estrutura não mostra sinais de exaustão, mantendo os touros no controle.

O momentum permanece intacto enquanto o BTC avança em direção à zona superior com intenção de alta.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que uma correção é questão de tempo e ela pode levar o BTC para US$ 90 mil.

“Não se deixe enganar pelo silêncio. O Bitcoin está sendo negociado acima de US$ 100 mil, mas isso não vai durar. Quanto mais tempo ele demorar, maior é o movimento que se segue Espere pela quebra. Então aproveite para lucrar com short”, disse.

Portanto, o preço do Bitcoin em 05 de junho de 2025 é de R$ 595.877,36. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 05 de junho de 2025, são: Toncoin (TON), Quant (QNT) e Leo Token (LEO), com altas de 8%, 6% e 5% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 05 de junho de 2025, são: Virtual Protocols (VIRTUAL), Uniswap (UNI) e Ethena (ENA), com quedas de -10%, -8% e -7% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão