Após ultrapassar US$ 100 mil e favorecer as altcoins em até 173% com um nome pró-cripto à presidência da SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 102,7 mil (+6,6%) na manhã desta quinta-feira (5), com a possibilidade de alcançar US$ 190 mil no primeiro semestre de 2025, por razões históricas e aumento do interesse institucional.

Essa foi a observação feita pela IntoTheBlock nessa quinta no X. Segundo a  plataforma de monitoramento e inteligência onchain, o gráfico atual do BTC, após o halving ocorrido em abril desse ano, quando as recompensas por novos blocos minerados de BTC caíram à metade, repete padrões de halvings anteriores.

Na avaliação da plataforma, “com​​uma oferta limitada e interesse substancial de grandes investidores (e até mesmo países), o potencial parece ilimitado”. Por outro lado, acrescentou a IntoTheBlock, a deflação do BTC com o halving indica que, em termos percentuais, os retornos diminuem a cada halving, porque “é preciso cada vez mais capital para movimentar o mercado a cada ciclo”. 

A partir dessa lógica, já que os pós-halving de 2013, 2017 e 2021 foram respectivamente de altas de 7.900%, 2.560% e 594%, a plataforma frisou que, “enquanto alguns estão pedindo por US$ 1 milhão, uma expectativa mais razoável seria um retorno de 100%-200% do preço do halving, colocando o topo entre US$ 130 mil e US$ 190 mil”.

“Isto é, a menos que o Bitcoin se torne um ativo de reserva global, é claro”, concluiu a IntoTheBlock.

No YouTube, o especialista em criptomoedas Benjamin Cowen também destacou os padrões pós-halving do Bitcoin e elencou outro possível catalisador de alta, no caso a taxa de desemprego.

“Para que o Bitcoin continue a subir até o fim do ano e continue a seguir a visão cíclica, então, sem dúvida, os dados do mercado de trabalho precisam vir relativamente bem neste mês. Então, eu diria que se a taxa de desemprego chegasse a 4% ou 4,1%, provavelmente favoreceria o Bitcoin a continuar subindo até o fim do ano”, observou.

O percentual coincidiu com o divulgado pelo Bureau of Labor Statistics, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, que apresenta na próxima sexta-feira (6) os números de  novembro do payroll, o relatório das folhas de pagamento não agrícolas do país. O que também pode favorecer a volatilidade do BTC, que, nos últimos meses, apresentou relação inversa com a taxa de desemprego. 

“O Bitcoin precisa de um motivo para cair, não um motivo para subir. O Bitcoin sobe naturalmente porque as pessoas têm Bitcoin com custo médio em dólar. Então, ele tende a subir sem motivo algum. Se vai cair, precisa de um motivo”, acrescentou.

Cowen ressaltou que, “de março a agosto, a taxa de desemprego deu ao Bitcoin uma razão para cair porque a taxa de desemprego estava acelerando”.

Nessa semana, análises divulgadas no X pela Santiment e pelo presidente-executivo da CryptoQuant, Ki Young, apontavam que o Bitcoin pode se consolidar e não bancar a altseason, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.