Em conversa com o Cointelgraph nesta sexta-feira, 25 de janeiro, Serguei Popov, um dos criadores da IOTA, demonstrou desconfiança sobre a quantidade de projetos, eventos e acontecimentos relacionados às criptomoedas

"Acho muito bom ver a quantidade de eventos e acontecimento relacionados às tecnologias blockchain e DLT, mas isso não pode ser superestimado. É bom, mas o que importa mesmo é a adoção no mundo real", disse o russo radicado no Brasil, onde é professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc) da Unicamp.

O professor também deixou claro que, antes de popular, é importante que as pessoas entendam do assunto, pois só isso poderia estimular a aplicação real das novas tecnologias.

"Por enquanto, o que vejo, especialmente no Brasil, é muito interesse e pouco conhecimento. Mas é claro que eu torço para que dê certo, para que mais pessoas e mais organizações adotem as soluções de distributed ledger, em especial a IOTA, para uso na prática", afirmou.

Serguei, aliás, vai dar sua colaboração para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre o assunto. Ele vai dar uma palestra, no próximo dia 28, no Órbi Conecta, em Belo Horizonte. 

"Pra ser honesto, ainda não sei exatamente como será a minha palestra no dia 28, mas certamente vou falar sobre a história da IOTA, os planos para o futuro... A ideia é fazer algo mais generalista e abrir bastante espaço pra perguntas e debates", contou.

Em relação aos planos futuros da criptomoeda, Serguei contou que o time da IOTA ainda trabalha para eliminar o "coordenador", um projeto que começou a ser desenvolvido em novembro de 2018.

"Estamos trabalhando bastante. A fundação IOTA hoje tem quase 90 pessoas pelo mundo, a maioria desenvolvedores, mas cerca de 15 cientistas que trabalham muito, principalmente para fazer uma rede segura sem coordenador", disse o professor sobre o mecanismo de segurança que, apesar de efetivo, para alguns é um risco de centralização.