A fintech PicPay anunciou nesta quarta-feira, 16 de julho, seu retorno ao mercado de criptomoedas dezoito meses após interromper suas operações no setor.
A reativação do serviço de negociação de criptomoedas no aplicativo do PicPay ocorre uma semana depois que o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de R$ 681.000, atendendo à demanda dos clientes em um ambiente regulatório mais claro e favorável ao setor.
“De 2023 para cá, o mercado evoluiu, a regulação avançou, e isso se reflete na demanda dos clientes, que seguem engajados e pedem o retorno desde então", afirmou Anderson Chamon, cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay, em um comunicado divulgado à imprensa. “Cada vez mais, vemos os criptoativos ocupando um espaço relevante na carteira dos brasileiros e fazendo parte da rotina financeira das pessoas", acrescentou Chamon.
Segundo a 1ª Pesquisa Nacional das Criptomoedas, realizada pelo Datafolha e a Paradigma Education, as criptomoedas superam as ações na preferência dos investidores brasileiros.
O PicPay havia interrompido os serviços de negociação cripto em outubro de 2023, pouco mais de um ano após o lançamento, alegando falta de clareza regulatória. Apesar de ter sido lançado durante o mercado de baixa de 2022, em sete meses o serviço atraiu mais de 1 milhão de usuários.
Ao comunicar a interrupção dos serviços na ocasião, o PicPay reafirmou sua “crença na tecnologia como infraestrutura”, garantindo que a medida era parte de uma “pausa estratégica.”
PicPay oferece 12 pares de negociação com o real
Segundo o comunicado, o retorno ao mercado de criptomoedas “não é um movimento pontual, mas parte da estratégia do PicPay para complementar seu portfólio de produtos financeiros e não financeiros.”
Inicialmente, a nova plataforma de negociação do PicPay oferecerá 12 pares de negociação com o real: Bitcoin (BTC), Ether (ETH), USD Coin (USDC), Uniswap (UNI), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC), Polygon (POL), Bitcoin Cash (BCH), Aave (AAVE), Solana (SOL), Ripple (XRP) e Dogecoin (DOGE).
Transações de compra e venda acima de R$ 100 terão taxa zero durante a fase inicial de retomada das operações e a ativação do serviço será feita de forma gradual.
Parceria com a Binance e participação no Piloto Drex
Em dezembro de 2024, o PicPay anunciou uma parceria com a Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo e líder do mercado brasileiro, para permitir transferências em reais entre as carteiras de ambas as empresas.
Com a parceria, os milhões de usuários do PicPay tiveram o acesso facilitado ao mercado de criptomoedas, conforme noticiado anteriormente pelo Cointelegraph Brasil.
A fintech também integra o consórcio ABBC no projeto piloto do Drex, a moeda digital de banco central (CBDC) brasileira. Ao lado de outras 15 instituições financeiras e três empresas de tecnologia, o PicPay desenvolve soluções de transações digitais com Cédula de Crédito Bancário (CCB tokenizada) e operações de crédito que utilizam títulos públicos como garantia.