Apesar de ser um dos principais players na recente batalha pelo lançamento de um ETF spot de Bitcoin nos EUA, a BlackRock declarou em uma recente entrevista no Brasil que um de seus principais ativos de investimento é a renda fixa brasileira.

Segundo declarou recentemente Russ Koesterich, gestor de ativos da BlackRock, a gigante financeira está aumentado sua exposição em produtos de renda fixa, em especial a do Brasil, pois os juros nacionais estão muito altos, favorecendo esta classe de ativos.

“Os juros reais brasileiros estão muito altos, achamos que são atrativos na comparação com outros emergentes. Também vemos oportunidades pelo lado da dívida no México, outro emergente que gostamos. Temos menos exposição a ações, em parte porque estamos mais cautelosos com a China", disse.

Para Koesterich, o investimento em dívidas de países emergentes é uma tendência que deve se consolidar ainda mais já que os grandes investidores estão 'fugindo' de ativos ligados a China, devido à desaceleração na economia daquela nação.

“Acho que os investidores estão repensando a exposição a emergentes.No longo prazo, quando a cesta de mercados emergentes se torna mais diversificada, isso pode beneficiar os demais países", afirmou.

ETF spot de Bitcoin

Enquanto a BlackRock aposta na renda fixa do Brasil e luta pela aprovação de seu ETF spot de BTC, uma análise da Bitfinex, compartilhada com o Cointelegraph, destacou que os ETFs como o da gestora americana, podem ajudar cripto a chegar em 1 bilhão de usuários.

"Olhando para 2024 e condicionados às condições de mercado, antecipamos que o número de proprietários globais de criptomoedas poderia aumentar para entre 850 e 950 milhões, pois a taxa mensal de crescimento geralmente ultrapassa 3,8% a 4,4%, tomando o mercado de alta de 2021 como ponto de referência e assumindo que as atuais condições de mercado otimistas persistam ao longo de 2024. Essa projeção destaca o crescente interesse global e aceitação das criptomoedas.", destacou a empresa.

Confira algumas tendências-chave destacadas pela Bitfinex em sua análise sobre o primeiro bilhão de pessoas em criptomoedas:

  • Existe um forte sentimento positivo em relação ao Bitcoin e aos ativos cripto, enfatizando sua resiliência em 2023 apesar dos desafios.
  • As tendências históricas sugerem possíveis recuos no mercado de criptomoedas mas com tendência de alta e a possibilidade da capitalização de mercado total atingir US$ 3,2 trilhões.
  • O índice de medo e ganância cripto indica uma provável mudança para "ganância extrema" em 2024, correlacionando-se com novos recordes do Bitcoin.
  • Prevê-se um aumento no investimento institucional em ativos cripto, especialmente com a introdução do ETF de Bitcoin, favorecendo o Bitcoin durante o primeiro semestre de 2024.
  • A análise do valor de mercado do Bitcoin em relação ao seu valor realizado (métrica MVRV) sugere uma possível tendência de mercado semelhante a meados de 2019 e meados de 2016, com mergulhos iniciais de preço seguidos por recuperações.
  • Com 2024 sendo um ano de halving do Bitcoin, as atividades e a lucratividade dos mineradores são cruciais para monitorar, especialmente em relação à eficiência operacional. 
  • Espera-se um influxo contido de mineradores nas exchanges durante a maior parte de 2024, apesar de possíveis picos de curto prazo.
  • A análise de mercado atual mostra um estado saudável com espaço para o crescimento do preço do Bitcoin e venda limitada pelos mineradores.
  • Crescimento promissor na adoção do Bitcoin, especialmente em países como El Salvador e potencialmente Argentina, devido às suas condições econômicas e abertura a ativos descentralizados.