Em uma reportagem de página inteira publicada hoje, 13 de agosto, no Jornal Valor Econômico, a publicação elenca diversos casos em que o Grupo Bitcoin Banco descumpriu acordo firmado com clientes com relação a saques atrados nas plataformas do grupo.

Segundo a reportagem "processos judiciais se multiplicaram em grande velocidade cobrando a empresa e seu dono, Claudio Oliveira, que até maio se promovia como o "rei do bitcoin". Neste momento, os prejuízos são incalculáveis", diz a publicação.

O Valor destaca, assim como têm reportado o Cointelegraph,  que mais de 100 processos judiciais foram abertos em diversos Estados do país que cobram um valor somado superior a R$ 70 milhões, segundo o advogado paranaense Gustavo Bonini Guedes, que atende dois grupos de famílias que não conseguem resgatar seus recursos.

Os problemas nas plataformas do GBB assim como as suspeitas quanto ao volume transacionado na NegocieCoins e TemBTC, teria feito o Banco Brasil Plural a encerrar a conta da instituição, "após questionar as movimentações da NegocieCoins e não receber os esclarecimentos satisfatórios", disse o banco a reportagem.

"Há diversos relatos segundo os quais Oliveira fez acordos com os clientes (com confissões de dívidas em âmbito extrajudicial, em alguns casos), pagou o sinal (um percentual abaixo de 10%) e não honrou o restante do compromisso (...) Especialistas consultados pelo Valor afirmam que plataformas de negociação não deveriam sofrer problemas de liquidez, pois os recursos são sempre dos clientes - em criptomoedas ou em dinheiro. Em junho, [a work uma empresa que processou o GBB] aceitou um acordo proposto pelo empresário para quitar a dívida por R$ 12 milhões, em três parcelas. Porém, o empresário não cumpriu nem com a primeira"

Em sua defesa o GBB alega que solicitou um prazo de 30 dias paa solucionar todos os problemas e que os saques estão limitados a R$ 10 mil ou 0,25 bitcoin por cliente.

O grupo também afirma que congelou as contas após alegar ter sofrido uma fraude de R$ 50 milhões e que hoje há três problemas que impedem uam resolução do caso: o cancelamento do Brasil Plural, o congelamento das posições de bitcoin do GBB após a fraude (para uma auditoria) e os processos judiciais. 

Como reportou o Cointelegraph, o GBB já havia sido considerada a maior empresa de Bitcoins do Brasil, mas em buscas nas contas bancárias, a Justiça não tem encontrado dinheiro para ressarcir os clientes, que tentam, em vão, sacar as quantias investidas.

"[quando foi classificada pelo Coinmarketcap como a maior do mundo] Na ocasião, a corretora brasileira teria negociado mais de 300 mil bitcoins em apenas 24 horas, montante que superaria US$ 2 bilhões. Apesar da quantia, as empresas do grupo do qual a NegocieCoins faz parte, não tinha fundos disponíveis em suas contas bancárias para ressarcir os clientes"