O Ministério Público do Distrito Federal denunciou 22 integrantes de uma quadrilha que se passava por funcionários de agências bancárias para roubar dados de clientes. que teria roubado R$ 6 milhões em todo o Brasil e convertido parte do valor em criptomoedas. A notícia é do TechTudo.
A quadrilha teria usado malwares e técnicas de phishing para roubar mais de R$ 1 milhão só no Distrito Federal. Segundo a matéria, os golpes eram sofisticados e variavam de fases, desde a implantação de malwares para roubar dados financeiros até ligações em que os criminosos se passavam por funcionários bancários para obter senhas e códigos dos clientes.
Na primeira fase, programadores instalavam malwares em celulares e computadores. A partir daí, os golpistas obtinham dados como nome do titular, banco em que a vítima era correntista, agência, conta e senha de acesso do internet banking. Os criminosos então escolhiam as vítimas pelo saldo e limite de crédita, direcionando os ataques e passando a contactá-las pelo telefone. Segundo o texto, eles fraudavam a identificação de chamadas para se passar pelos bancos. Há casos em que as vítimas compareceram a agências bancárias para enviar QR Codes para os golpistas.
O dinheiro era recebido por contas de associados da quadrilha, que recebiam o dinheiro em troca de uma comissão. As transferências eram fracionadas para dificultar a identificação das autoridades e facilitar a lavagem de dinheiro. Uma gráfica e uma loja de vidros participavam do esquema emitindo boletos bancários e realizando transações fantasmas em máquinas de cartões de crédito. Na última etapa do esquema, o dinheiro era transferido para o exterior e parte dele convertido em criptomoedas.
As autoridades receberam a denúncia através de 37 vítimas do grupo em Brasília (DF) - uma delas teria perdido mais de R$ 100.000. O Ministério Público fez a denúncia através do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos, com os 22 acusados respondendo pelos crimes de furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivos.
O MP também vai pedir à Justiça indenização de R$ 10 milhões em perdas e danos em favor das vítimas.