A exchange Mercado Bitcoin anunciou nesta sexta, 06, uma parceria com a DUX, para implementar uma nova solução de adiantamento de recebíveis e crédito personalizado a influenciadores.

O projeto, desenvolvido no âmbito do NEXT, programa de aceleração de startups realizado pela Fenasbac, com apoio do Banco Central, deu origem a uma solução de antecipação de recebíveis no mercado digital. A partir de agora o MB abrigará algumas operações da DUX em sua base, o que permitirá maior liquidez a essas transações da fintech.

Segundo informou a DUX, a antecipação de recebíveis no mercado digital é um modelo que adianta os pagamentos que os influenciadores têm a receber das plataformas e de contratos de patrocínio.

"No MB, enxergamos o Next como uma oportunidade única de cocriar com startups visionárias como a DUX, oferecendo alternativas que facilitam o acesso a crédito e proporcionam maior estabilidade financeira para criadores de conteúdo. É um grande passo para ampliar a inclusão financeira no Brasil." comenta Fabrício Tota, diretor de novos negócios do MB. 

A solução resolve o problema do fluxo de caixa imprevisível, típico dos influenciadores, oferecendo uma alternativa viável e econômica para os criadores de conteúdo de todos os tamanhos.

“A parceria com o MB vai proporcionar a DUX mais capacidade financeira e volume para operar no mercado de crédito para influenciadores", explica Luiz Octávio Gonçalves Neto, fundador e CEO da DUX. 

Mercado Bitcoin e DUX

O fluxo de recebimento extremamente prolongado e a dificuldade de acesso a crédito é um problema que afeta do pequeno ao grande influenciador. Mesmo com um estilo de vida glamouroso, até pouco tempo atrás só lhes restava esperar os pagamentos das plataformas e parcerias. "Avaliamos que o mercado financeiro tradicional não funciona bem para criadores de conteúdo e artistas independentes.

Os bancos não avaliam o risco de crédito de forma justa e aplicam juros altos, tanto para pequenos quanto para grandes influenciadores", afirma. “Mas quando se depende dessa receita para pagar as contas e, mais, investir na própria carreira, o influenciador se vê estagnado.

O papel da DUX é mantê-lo ativo no meio digital”, completa. Segundo o empresário, a ideia é, a longo prazo, criar uma mudança estrutural no mercado da economia criativa, com centenas de milhões de reais em fluxo financeiro.

A economia criativa vive um momento de efervescência dentro das plataformas digitais. Criadores de conteúdo conquistam espaço no Tik Tok, YouTube, Instagram e outras redes, alcançando milhões de pessoas diariamente.

O Brasil é um dos países com maior número de criadores e influenciadores digitais, aproximadamente 20 milhões, de acordo com dados da Factworks for Meta presentes no relatório de Macrotendências da Creator Economy da YOUPIX.  

A DUX faz uso de uma Inteligência Artificial (IA) proprietária para avaliar a capacidade de pagamento do criador. A IA analisa um conjunto diversificado de dados, que inclui métricas de engajamento nas redes, dados financeiros tradicionais e informações fornecidas pelos próprios influenciadores.

Isso permite que a fintech ofereça condições de crédito justas e alinhadas à realidade de cada cliente, em vez de adotar um modelo "top-down" de avaliação, típico dos bancos tradicionais.

“Não cobramos juros predatórios. A avaliação do risco que fazemos é mais precisa do que a dos bancos porque leva em conta dados públicos e privados sobre a economia criativa, bem como o histórico de crédito do influenciador”, argumenta Luiz Octávio.