O mercado de criptomoedas se encontrava recuado a US$ 2,89 trilhões (-1,7%) na manhã desta quarta-feira (13), porém com a manutenção da maior fatia do rali dos últimos sete dias.
O Bitcoin (BTC) era transacionado por volta de US$ 87,2 mil (+0,8%) com alta semanal de 18,1%, dominância de mercado a 59,7%, sentimento dos investidores em ganância extrema (84%) e a maior parte das principais altcoins no vermelho, apesar da explosão de alguns tokens em até quatro dígitos percentuais.
Os dados reportados pelas plataformas de monitoramento indicavam a devolução parcial de ganhos depois do rali iniciado no final da tarde do último dia 5, quando os resultados das urnas nos Estados Unidos começaram a desenhar a vitória do republicano Donald Trump. O que foi sucedido pelo corte de 0,25% na taxa básica anual praticada pelo Federal Reserve (Fed), no dia 7.
A ausência de novos catalisadores de alta também foi percebida no mercado acionário, onde índices com forte correlação ao desempenho do Bitcoin também recuaram. Caso do S&P 500 e o Nasdaq, encerrados respectivamente a 5.983,99 (-0,29%) e 19.281,40 pontos (-0,09%), depois de alcançarem máximas históricas.
Embora alto, o apetite do capital de risco perdeu força no caso dos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em transação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH), que obtiveram respectivas entradas líquidas de US$ 817,54 milhões e US$ 135,92 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
No campo retrátil das principias altcoins em capitalização de mercado, o First Neiro on Ethereum (NEIRO) recuava a US$ 0,0023 (-17,3%), o BTT voltava a US$ 0,00000099 (-16,1%), o JASMY se encolhia a US$ 0,019 (-15,2%), o FET representava US$ 1,29 (-15,5%) e o SHIB retornava a US$ 0,000024 (-14%). Em direção oposta, o BONK era transacionado por US$ 0,0000 (+7,6%), o TRX estava precificado em US$ 0,17 (+6,2%), o SUI orbitava US$ 3,08 (+1,8%) e o XLM era trocado por US$ 0,12 (+1,8%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o LEO era trocado por US$ 7,28 (+17,5%), o ACT se convertia em US$ 0,68 (+37,4%), o AGLD valia US$ 2,55 (+64,3%), o FARTCOIN atingia US$ 0,18 (+47%), o TRIBE era liquidado por US$ 0,63 (+22,6%), o OZO era vendido por US$ 0,17 (+40,4%), o HIVE era trocado por US$ 0,26 (+21%), o MEMEAI se nivelava por US$ 0,072 (+60,5%) e o HT se equiparava a US$ 0,54 (+28,8%).
Algumas altas entre dois e quatro dígitos percentuais chamavam a atenção pelo fato de se associarem, ainda que indiretamente, à figura do bilionário Elon Musk, um dos principais apoiadores de Trump. Nesse grupo estava o Peanut the Squirrel (PNUT), negociado por US$ 1,41 (+232%), uma das duas memecoins listadas esta semana pela Binance e outras exchanges globais. O token inspirado no esquilo Peanut, explorado por Musk durante a campanha para criticar autoridades estadunidenses que sacrificaram o animal diagnosticado com raiva, após a popularização de Peanut na internet.
Gráfico de 24 horas do par PNUT/USD. Fonte: CoinMarketCap
No “bonde de Trump”, a principal memecoin associada a Elon Musk, o Dogecoin (DOGE), recuava a US$ 0,37 (-5,6%) com avanço semanal de 91%. Por outro lado, o “DOGE de Musk” era transacionado por US$ 0,43 (+120%) com alta de 470% no acumulado de uma semana. Trata-se da principal memecoin criada depois de uma publicação no X do magnata sugerindo que pode assumir o comando de um órgão governamental em caso de vitória do republicano Donald Trump, no caso o “Departamento de Eficiência do Governo”, cuja sigla em inglês é DOGE, homônimo das memecoins de mesmo ticker. No entanto, outras versões do Department Of Government Efficiency (DOGE) eram negociadas em alta, que chegaram a 2.000% nas últimas horas.
Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam PEAQ e SBR na LBank, PHB e SHRUB na BitMart, BUU e FRED na CoinEx, PGC e FARTCOIN na Bitget, BANANA, STICK e FEFE na AscendEX, NOOB e NS na Kucoin.
No dia anterior, as liquidações longs aumentaram enquanto os touros do Bitcoin especulavam US$ 100 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.