Mais de 24 milhões de pessoas podem ter sido afetadas por um mega vazamento de dados envolvendo a principal operadora de telefonia do Brasil, Vivo. A empresa confirmou que dados de seus clientes foram compartilhados na internet em 05 de novembro.

Segundo reportagem do portal Olhar Digital, uma brecha de segurança teria sido usada para o compartilhamento do registo de usuários; foram divulgadas informações como nome, endereço, CPF, RG, e-mail, data de nascimento e até o nome da mãe do cliente.

Embora a Vivo tenha confirmado o vazamento dos dados declarou que o numero de clientes afetados é menor do que vem sendo divulgado mas não deu detalhes sobre a quantidade de usuários impactados pelo vazamento. A falha de segurança teria sido descoberta há mais de uma semana porém a Vivo só teria tomado conhecimento do caso na noite de segunda-feira, 04 de novembro.

“A Vivo informa que, na noite de ontem, em pouco menos de três horas, a empresa identificou e neutralizou uma vulnerabilidade no acesso ao portal de serviços Meu Vivo, com o objetivo de garantir privacidade e a segurança das informações de seus clientes. A empresa informa ainda que o número de clientes possivelmente impactados por esta ação ilícita é consideravelmente menor do que o divulgado por alguns órgãos da imprensa especializada. A Vivo lamenta o ocorrido e ressalta que revisa constantemente suas políticas e procedimentos de segurança, na busca permanente pelos mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus clientes e no combate a práticas que possam ameaçar a sua privacidade. A empresa reitera que respeita a privacidade e a transparência na relação com os seus clientes", declarou a empresa.

 Especialistas ouvidos pelo Cointelegraph apontam que uma solução em blockchain poderia ser utilizada para evitar o ocorrido.

"A cada vez que apresentamos nossos documentos para uma contraparte, emerge o risco de que as informações correspondentes sejam hackeadas. O blockchain e as DLTs em geral permitem impulsionar projetos de identidade soberana e compartilhamento de dados, a partir dos quais o fluxo de informações é mais controlado e monitorado, gerando mais segurança ao cliente", disse Rosine Kadamani, co-fundadora da Blockchain Academy.

Já Luiz Menniti, co-fundador da Bizanc DEXfintech focada em soluções de blockchain para pagamentos, destacou que o blockchain pode garantir o compartilhamento de informações preservando a privacidade.

"Basicamente, um sistema financeiro convencional precisa evitar problemas de Double Spending ( gasto duplo ), o problema é que os sistemas tradicionais sofrem de inconsistência de dados, então pra garantir que uma pessoa não tenha gasto o mesmo dinheiro duas vezes, são necessários diversos procedimentos de segurança, auditorias e compliance.Utilizando a tecnologia blockchain, é possível garantir que todas as parte do sistema, tenham exatamente a mesma informação, impedindo o gasto duplo do mesmo dinheiro. Isso evitará riscos de segurança, irá gerar uma transparência geral do sistema, e fornecerá auditorias em tempo real, gerando uma vantagem competitiva significativa para a instituição financeira e seus parceiros", disse.

Como noticiou o Cointelegraph, dados pessoais e os valores investidos de clientes do Grupo Bitcoin Banco também foram compartilhados na internet recentemente.

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