O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que se eleito, o Brasil irá trabalhar junto com outras nações da América Latina para a criação de uma moeda única para a região. Lula, que irá concorrer novamente uma eleição para presidente do Brasil neste ano, afirmou que o país precisa deixar a dependência do dólar.
“Vamos voltar a restabelecer nossa relação com a América Latina. E se Deus quiser vamos criar uma moeda na América Latina, porque não tem esse negócio de ficar dependendo do dólar+1,29%“, disse Lula
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Quem também defende a criação de uma moeda única para o continente, uma espécie de Euro latinoamericano, é o economista e pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad que afirma que uma moeda única para o continente como atuaria como forma de aumentar a integração regional e fortalecer a independência monetária da região.
Outro defensor da proposta é o economista Gabriel Galípolo, ex-presidente do banco Fator.
CBDC regional
A proposta contudo não é nova e nem exclusiva do PT já que recentemente o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que o Real deveria ser a moeda 'oficial' das nações da América Latina, assim como o Euro é a moeda comum do grupo de países europeus que integram a União Européia e, com isso, as nações teriam o Real Digital como seu CBDC.
O ministro defende que o continente deveria ter uma moeda única que inclusive pode salvar economias fragilizadas como Argentina e Venezuela. Ainda segundo ele, caso as nações já tivessem adotado um 'euro latinoamericano' muitos países estariam agora em uma situação econômica melhor.
Ainda segundo declarações do ministro, em breve ninguém mais irá usar dinheiro físico e, com as inovações tecnológicas trazidas pela blockchain, fica cada vez mais latente a necessidade de uma moeda única para o bloco da América Latina.
"Daqui a quatro, cinco anos, vamos ter uma moeda digital, blockchain, ninguém usando dinheiro vivo. Como na China, todo mundo [pagando] com celulares", projeta. "Daqui a alguns anos, haverá seis ou sete moedas relevantes no mundo, e as outras vão desaparecer por irrelevância. Mesmo os cidadãos dos países que as usam vão abandoná-las", afirmou.
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