Com a queda da renda fixa e a queda continuada da Selic, investidores pessoas físicas estão impulsionando os negócios na Bovespa, buscando rentabilidade e risco no mercado de ações. Empresas como Via Varejo, Weg, Marfrig e outras, têm tido resultados acima das estimativas de analistas e têm sido as ações preferidas deste perfil.
As pessoas físicas, que já chegam a quase 3 milhões de CPFs operando através do sistema homebroker e essa multidão está produzindo essas ondas de recordes de pontos na Bovespa desde março. Em julho, o percentual de pessoas físicas chegou a 26,9%, depois de passar 2019 com 17,1%, segundo reportagem do Valor.
Imagem: Investing
O mesmo movimento tem sido visto no mercado de criptoativos
A Mercado Bitcoin é a única exchange no Brasil a operar derivativos tradicionais convertidos em tokens e tem visto uma forte demanda por esses produtos desde seus lançamentos.
A Mercado Bitcoin também lançou a Paxos Gold, uma stablecoin lastreada em ouro e que no seu primeiro dia de negociação correspondeu a 25% de todo o volume de ouro da B3. O volume reportado pela Mercado Bitcoin foi de R$ 2,5 milhões em transações em apenas 24 horas, com cerca de 1.400 investidores comprando e vendendo a criptomoeda na exchange no período.
Com este comportamento, analistas traçam uma correlação entre os investidores pessoas físicas que estão impulsionando a Bovespa e os recentes movimentos apresentados das exchanges brasileiras.
Apenas 152 investidores atuaram no mercado aberto de contratos de ouro (OZ1D) na B3, com um volume diário de R$ 7,91 milhões em negociações, enquanto a estreia da PAXG ainda coincidiu com a valorização do ouro, que passou dos US$ 2.000 recentemente.
Embora causa e correlação não estejam exatamente ligadas, há uma correlação entre os movimentos de investidores não institucionais, operando em ambos os setores, buscando valorização e exposição ao risco, no momento que as taxas de juros básicos estão em níveis tão baixos.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) estabeleceu a Selic em 2% ao ano, cortando 0.5% em sua marca anterior. O Brasil atualmente apresenta a menor taxa de juro referencial de toda sua história. Em julho de 2019, a taxa de juro anual era de 6%, a taxa hoje é de 2%.
Com efeito, os investidores estão buscando velhas e novas formas de diversificarem seus investimentos, o ouro, as ações e as criptomoedas estão figurando como as melhores opções. O Bitcoin acumula 72,99% de valorização, enquanto o ouro valorizou-se 17,12%.
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