A gestora brasileira de criptomoedas e a empresa de seguros SulAmérica lançaram recentemente o SULAMÉRICA HASHDEX PREV FIC FIM, que é um fundo de previdência privada destinado a investidores em geral e que possui um investimento dinâmico de 0% a 20% do patrimônio em cotas de fundos de investimento que buscam replicar o Nasdaq Crypto Index (NCI), índice que reproduz o desempenho de uma cesta composta por diversas criptomoedas, entre elas o Bitcoin (BTC) e o Ether (ETH).
De acordo com o que informa a página Hashdex, a carteira do novo fundo, custodiado pelo Bradesco, é composta com o mínimo de 80% de fundos de renda fixa. Já o investimento mínimo é de R$ 5 mil de aporte único, incluindo portabilidade, ou R$ 500 de contribuição mensal. Em relação à taxa de administração, o percentual é de 1,5% ao ano e a taxa de performance é de 20% sobre o que exceder o CDI.
“O fundo é destinado a investidores em geral que aceitam os riscos inerentes ao investimento e buscam retorno condizente com o objetivo do fundo. Caso o investimento no fundo seja realizado por investidor não residente, o investidor não residente deverá avaliar a adequação da aquisição de cotas do fundo à legislação aplicável em sua jurisdição”, informa a Hashdex.
Em entrevista à Exame, o CIO Global da Hashdex, Samir Kerbage, explicou que os fundos de previdência privada são pouco explorados pelo mercado de criptomoedas e representam “uma categoria de investimento vista como de longo prazo, um portfólio de longo prazo, e com tributação muito atrativa, então é mais vantajoso que os fundos multimercados." 
Quanto à dinamização da parcela do fundo destinada às criptomoedas (0 a 20%), Kerbage acrescentou que o objetivo é mitigar os riscos, o que pode exigir abrir mão de parte da rentabilidade. Por outro lado ele observou que o rebalanceamento da carteira, para maior parte dos investidores, pode não ser tarefa fácil em relação à volatilidade do mercado de criptomoedas.
“[O fundo] faz isso automaticamente, rebalanceia a carteira. Na prática, ele compra na baixa e vende na alta", emendou o executivo.
No Brasil, durante o acumulado da última semana do mês de maio, o recuo dos fundos com exposição a criptomoedas registrou um fluxo negativo de US$ 3,9 milhões, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.