O ataque hacker sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2020 pode ter custado apenas R$ 5,3 mil em Bitcoin (BTC). Segundo o El País, com essa quantia em criptomoedas, seria possível ‘encomendar’ uma invasão do tipo através de sites clandestinos na dark web.
Dessa forma, o resultado do pleito sofreu atraso para ser divulgado através do site do TSE. Além disso, de acordo com investigações do Ministério Público Federal (MPF) o ataque sofrido tentou ‘minar’ a credibilidade do primeiro turno das eleições 2020 que aconteceu no último domingo (16).
De acordo com o ministro Luís Roberto Barroso que preside atualmente o TSE, “houve um ataque massivo” contra o site que apresenta o resultado das urnas nas eleições 2020.
Ataque hacker com pagamento em Bitcoin
O TSE confirmou ter sofrido um ataque que atrasou a divulgação do resultado durante as primeiras horas de apuração das eleições no último domingo (15). Conforme apontou o El País, um ataque do tipo pode ser encomendado pela dark web através de pagamento em Bitcoin.
No entanto, ainda não foi comprovado como o ataque ao TSE aconteceu, nem mesmo se existe algum pagamento em criptomoedas. Para o presidente do Tribunal, o ataque hacker é resultado da atuação de “milícias digitais e grupos extremistas”.
Além de ser investigado pelo MPF, o ataque que teve como alvo as eleições 2020 também deverá ser acompanhado pela Polícia Federal, segundo pedido de inquérito realizado pelo ministro Barroso.
“São milícias digitais e grupos extremistas, inclusive já investigados pelo Supremo Tribunal Federal, que entraram em ação. Já pedi a instauração, pela Polícia Federal, de uma investigação sobre o assunto.”
Resultado eleições 2020
A tentativa de derrubar o site do TSE através de um ataque hacker fez com que o resultado das eleições 2020 tivesse um enorme atraso logo após a votação do primeiro turno terminar.
Utilizando um ataque de força, a invasão hacker ao site poderia derrubar a plataforma através de centenas de milhares de acessos simultâneos. Barroso afirmou em coletiva que foi identificado ataques massivos de vários países, além do Brasil.
Contudo, o ministro declara que o ataque não interferiu no processo eleitoral do país, que teve apenas algumas horas de atraso na divulgação dos resultados.
“Houve um ataque massivo proveniente dos Estados Unidos, da Nova Zelândia e do próprio Brasil para tentar ultrapassar as barreiras de segurança de Tecnologia da Informação do TSE, mas que não obteve nenhum êxito.”
Vazamento de dados do TSE
Além de um ataque hacker contra o TSE, no dia da votação do primeiro turno das eleições 2020 aconteceu um vazamento massivo de dados de funcionários do tribunal.
Segundo o TSE, as informações vazadas que foram divulgadas pelos hackers são antigas, de 2001 a 2010, e foram vazadas justamente para “causar impacto e a sensação de fragilidade do sistema” durante as eleições.
No total, 486 mil acessos simultâneos tentou derrubar o site do TSE no último domingo (9). O número de acessos através do ataque hacker é considerado anormal para a plataforma, de acordo com o secretário de tecnologia da informação, Giuseppe Janino.
“Foram apontadas mais de 480 mil conexões por segundo ao sistema durante a eleição (mais do que o dobro registrado em 2016). Então, foi essa a estratégia e recomendação da PF que possibilitou seguir com o sistema atual.”
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