“Se o seu filho nascesse hoje e você fosse investir em um ativo, para segurar por 20 anos, e depois transferir para ele. Qual seria?” A pergunta que abre esta publicação movimentou a comunidade financeira brasileira nos últimos dias ao ser formulada no Twitter pelo canal de humor financeiro “Faria Lima Elevador.” A pergunta, que foi replicada junto a especialistas ouvidos pela coluna E-Investidor, do jornal O Estado de São Paulo, sugeriu que o Bitcoin (BTC) é a principal aposta dos participantes para as próximas duas décadas.

Além do BTC, que era trocado de mãos acima de US$ 29,8 mil (+8,75%) e respondia por 46,9% de dominância de mercado, avanço associado ao FUD (medo, incerteza e dúvida) que voltou a assombrar o mercado financeiro com o derretimento do First Republic Bank, outros ativos se destacam na preferência dos investidores brasileiros, de acordo com ambas as enquetes.

Entre esses ativos diversos ao Bitcoin que os investidores escolheriam em caso de “comprar hoje e deixar de herança para depois de 20 anos”, estão as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-Bs), ativo associado aos investidores que optam por segurança, em destaque nas duas enquetes.

No caso dos especialistas ouvidos pela coluna E-Investidor, escolheriam os NTN-Bs o gestor de portfólios da Lifetime Asset Management, Andre Mamed, o sócio da Vita Investimentos Arthur Mello e o head de research da Guide Investimentos, Fernando Siqueira.

O analista de research da Ativa Investimentos Ilan Arbetman afirmou que sua aposta para o futuro é o crescimento do setor elétrico no segmento de geração e transmissão de energia, razão pela qual o especialista escolheu as ações da Engie Brasil (EGIE3). Já o sócio da AGF Jean Melo optou por ações da produtora e exportadora de papéis para embalagens Klabin (KLBN11) enquanto a analista de alocação e fundos da XP Clara Sodré disse que deixaria de herança quotas de fundos de previdência.

Pela enquete da Faria Lima Elevador aparece uma gama mais diversificada de investimentos em razão da quantidade de respostas. Entre elas estão os Fundos Imobiliários (FLLs), as ações a empresa de mineração Vale do Rio Doce (VALE3), ações da empresa do setor de papel e celulose Suzano (SUZB3) e da empresa de logística Rumo (RAIL3), dentre outros ativos citados. 

Na esteira do otimismo de longo prazo com o Bitcoin, um relatório divulgado esta semana pela CoinShares revelou que o Brasil registra o segundo maior fluxo de capital em fundos de criptomoedas do mundo, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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