Na segunda-feira (24), a CoinShares publicou seu mais recente relatório sobre o fluxo de investimentos em fundos de criptomoedas. Pela primeira vez em abril, os fundos tiveram saída de capital. Outro dado interessante é que, pela primeira vez em abril, o Brasil foi um dos países onde mais se investiu em cripto através de fundos, somando US$ 1,3 milhão.

Fim do impulso

O fluxo de investimentos em fundos de criptoativos estavam em uma sequência de seis semanas positivas. Na terceira semana de abril, porém, o saldo foi de US$ 30 milhões negativos, colocando fim ao impulso. O relatório aponta que a retirada de capital pode estar relacionada a empresas realizando lucros. 

Os fundos com exposição ao Bitcoin (BTC) foram os principais responsáveis pelo fluxo negativo, com um total de US$ 53,1 milhões em saídas. O Ethereum (ETH), por outro lado, impulsionou a entrada de capital, com US$ 16,8 milhões direcionados a fundos com exposição à ETH. O motivo, avalia a CoinShares, é a realização bem-sucedida da atualização Shapella.

Fluxo de capital em fundos de investimento com exposição a ativos digitais. Fonte: CoinShares

Fluxo positivo no Brasil

Em meio às saídas, o Brasil foi um dos três países que registraram alocação de capital em fundos expostos a moedas digitais. Com US$ 1,3 milhão direcionado a esses produtos de investimento, o país ficou atrás somente da Alemanha, que totalizou US$ 28,7 milhões na mesma métrica.

Mesmo com os investimentos registrados na terceira semana de abril, o Brasil ainda mostra fluxo negativo de US$ 900 mil quando se trata de fluxo de capital em fundos. Os números crescem para US$ 38 milhões ao considerar o período entre 1º de janeiro e o dia 23 de abril.

Fluxo de capital em fundos de investimento em cripto por país. Fonte: CoinShares

O Brasil também é um dos menores países quando se trata de ativos sob gestão (AUM, na sigla em inglês) envolvendo fundos de criptomoedas. São US$ 329 milhões em AUM, superando somente Austrália e França, que contam com US$ 10 milhões e US$ 11 milhões, respectivamente. A Suíça, que vem à frente do Brasil, tem US$ 1,6 bilhão em AUM, quase cinco vezes o total.

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