O fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista da gestora de criptoativos Grayscale caiu abaixo de 50% de participação de mercado pela primeira vez desde que os ETFs de Bitcoin à vista começaram a ser negociados nos Estados Unidos em 11 de janeiro.
Em 12 de março, o total de ativos sob gestão (AUM) no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) caiu para US$ 28,5 bilhões. Agora, a Grayscale responde por 48,9% do total de US$ 56,7 bilhões detidos pelos dez ETFs de Bitcoin dos EUA, de acordo com dados da Dune Analytics.

No primeiro dia de negociação dos dez ETFs de Bitcoin à vista dos EUA, o fundo da Grayscale era responsável por cerca de 99,5% do total de ativos sob gestão.
Ao longo do tempo, os saques diários consistentes do GBTC – que atingiram uma média de US$ 329 milhões por dia na semana passada – corroeram a participação de mercado do ETF da Grayscale.
Os resgates do GBTC foram mais substanciais no primeiro mês de negociação dos ETFs de Bitcoin – US$ 7 bilhões deixaram o fundo em pouco mais de um mês – mas começaram a diminuir no final de janeiro, levando alguns analistas a sugerir que a hemorragia poderia estar chegando ao fim.
No entanto, em meados de fevereiro, os tribunais de falências permitiram que a credora de criptomoedas Genesis liquidasse cerca de US$ 1,3 bilhão em ações do GBTC como parte de iniciativas para reembolsar os investidores, o que fez com que os saques tenham aumentado novamente.
No total, até o momento, os saques do GBTC atingiram pouco mais de US$ 11 bilhões, de acordo com os dados de influxos de ETFs de Bitcoin da Farside.
O ETF da Grayscale era inicialmente um fundo fiduciário que permitia que os investidores institucionais ganhassem exposição ao Bitcoin ao bloquear investimentos por pelo menos seis meses.
No entanto, uma vitória judicial sobre a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) em agosto foi decisiva para garantir a aprovação da listagem de ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, e o trust da Grayscale foi convertido em um ETF.
Isso permitiu que os investidores institucionais, se aproveitando de oportunidades de arbitragem resgatassem seu capital do fundo definitivamente ou simplesmente transferissem seus ativos para ETFs de Bitcoin que cobram taxas mais baixas.
Embora o mercado tenha se assustado inicialmente com o aumento dos saques do GBTC, os crescentes aportes nos fundos iShares Bitcoin ETF (IBIT) da BlackRock e Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) formaram uma onda de otimismo. Juntos, os dois principais ETFs de Bitcoin listados nos EUA já acumulam um total de US$ 16,9 bilhões em aportes desde que foram lançados.

Vários comentaristas do mercado creditaram os crescentes aportes nos nove ETFs recém-lançados como um dos fatores fundamentais por trás da rápida valorização do preço do Bitcoin, que atingiu um novo recorde histórico de US$ 72.900 em 11 de março.
O fundo da BlackRock agora detém um pouco mais de 200.000 BTC – equivalentes a aproximadamente US$ 14,3 bilhões a preços atuais, segundo dados da K33 Research.

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