Na manhã desta quinta-feira (4), o mercado de criptomoedas recuava a um market cap de US$ 2,13 trilhões (-5%) enquanto o Bitcoin (BTC) se retraía a US$ 57,9 mil (-3,9%) com 53,3% de dominância de mercado, sentimento dos investidores próximo ao medo (45%) e a maior parte das principais altcoins em capitalização de mercado no vermelho, apesar da alta de alguns tokens em até três dígitos percentuais.

A retração evidenciava perda de correlação com os índices S&P 500 e Nasdaq, que encerraram o pregão encurtado de véspera do feriado do Independence Day em 5.537,02 (+0,51%) e 18.188,20 pontos (+0,88%), respectivamente. Alta capitaneada pelas big techs, como a gigante dos chips Nvidia, cujo ticker (NVDA) se estabeleceu em US$ 128,28 (+4,57%).

A resposta negativa do mercado de criptomoedas coincidia com a divulgação da pesquisa da agência S&P Global referente ao índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de junho nos EUA. O que apontou para um ligeiro aquecimento da indústria e serviços naquele país em junho, quando o PMI alcançou 54,8 pontos ante 54,5 do mês anterior, cenário potencialmente desfavorável a mercados como o de criptomoedas pela associação do PMI com a inflação.

Não por acaso, os fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin registraram US$ 20,45 milhões em saídas líquidas, segundo dados da plataforma SoSoValue.

Dentro do ecossistema cripto, dados da plataforma de análises onchain Arkham  apontaram que uma carteira atribuída ao governo alemão transferiu um total de 1.300 Bitcoins para as exchanges Bitstamp, Coinbase e Kraken, no valor total de aproximadamente US$ 75,53 milhões no momento da transação. Outro catalisador de queda do BTC foi o início do despejo de US$ 9 bilhões em BTC pela extinta exchange de criptomoedas japonesa Mt. Gox, em razão do reembolso de credores.

Entre as principais retrações das maiores altcoins em capitalização de mercado, o BEAM se transferia por US$ 0,015 (-14,1%), o CFX se nivelava por US$ ,14 (-13,8%), o AKT era trocado por US$ 3,11 (-12,4%), o FTM valia US$ 0,48 (-12,2%), o TIA orbitava US$ 5,06 (-12,2%) e o CORE estava cotado a US$ 1,11 (-11,4%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o DADDY era transacionado por US$ 0,22 (+33,5%), o HONEY se equiparava a US$ 0,07 (+25,6%), o BETA se convertia em US$ 0,083 (+19%), o COMAI era liquidado por US$ 0,31 (+16,6%), o CEEK era vendidod por US$ 0,040 (+12,1%) e o PTS atingia US$ 0,0011 (+32,3%).

Um dos destaques era o modesto MSU, token da plataforma de metaverso ligada ao futebol MetaSoccer, negociado por US$ 0,0084 (+275%) e com um pico de preço de aproximadamente 500% nas últimas horas.

Gráfico de 24 horas do par MSU/USD. Fonte: CoinMarketCap

Assim como ocorreu no final de junho, quando o MSU disparou 1.500%, não foi possível identificar um fator pontual para a explosão do token, já que o canal do projeto no X é restrito a seguidores aprovados.

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam WOLF e WELL na Bitget, WELL na Bybit, RFC e HOPPY na BitMart, TURBO e LISTA na Indodax, VENOM na WazirX, JUP na Upbite, TARA na LBank, MAO e SCRAT na AscendEX e MOG  na KuCoin.

No dia anterior, as altcoins recuaram até 42% enquanto uma ‘carteira do governo alemão’ impunha pressão de venda sobre o Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.