A Justiça brasileira vai leiloar, novamente veículos de luxo apreendidos na Operação Patrik em 2017 e que pertenciam a sócios da pirâmide financeira em torno da suposta criptomoeda Kriptacoin, conforme reportagem do portal G1, publicada em 24 de setembro.

De acordo com a publicação há justiça já realizou dois leilões para vender itens apreendidos, no entanto, cinco veículos, entre eles Porsche, Lamborghini, Land Rover e Ferrari ainda não teriam sido arrematados. O lote está avaliado ema mais de R$ 700 mil reais.

O valor arrecadado será usado para ressarcir investidores que foram enganados pelo esquema que teria movimentado mais de R$ 250 milhões de reais.

Após a operação Patrick, em abril de 2018, 13 pessoas foram condenadas por crime contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica e organização criminosa, como resultado da primeira denúncia das autoridades brasileiras envolvendo o caso. As penas variam de 3 a 11 anos de cadeia.

A segunda denúncia chegou à 8ª Vara Criminal de Brasília, que não considerou o crime lavagem de dinheiro. Já a terceira denúncia envolveu mais 11 pessoas na acusação.

Segundo as acusações, os crimes ocorreram entre o fim de 2016 e início de 2017. Os acusados usavam a falsa criptomoeda Kriptacoin para atrair compradores, prometendo altos rendimentos e ganhos de 1% ao dia, com resgate a ser feito somente um ano após o investimento. Os supostos golpistas chegaram a veicular anúncios em jornais e TV.

O Ministério Público também considerou leiloar ainda uma aeronave e um helicóptero apreendidos na Operação Patrick, que investiga o esquema. Porém, um acordo com os proprietários permitiu a recuperação de R$ 1,5 milhão, referente ao pagamento parcial desses bens pelos réus.

Em outro caso de pirâmide financeira, como noticiou o Cointelegraph, mesmo sem pagar os investidores que aplicaram valores esperando rendimentos por negociações em Bitcoin no mercado Forex, a Unick Forex, destacou que lançará um novo plano de negócios em novembro de 2019.

Para 'camuflar' suas atividades a Unick pretende ser um 'ecossistema' que envolve o Smith, que seria a plataforma de cursos para o mercado financeiro; a Unick safe, para comercialização de seguros; a Unick Tour, que trabalharia no ramo de turismo; a Unick Beauty, programada para os cosméticos; a CryptoQuadra que seria uma criptomoeda supostamente lastreada em investimentos no mercado imobiliário e a Unick Store, um suposto marketplace para comercialização de produtos.