Negociado em torno de US$ 66,9 mil (+3%) na tarde desta quarta-feira (6), o Bitcoin (BTC) acumulava 9,6% de ganho semanal após atingir nova máxima histórica, no dia anterior. O que coincidiu com US$ 648,38 milhões de entradas líquidas nos fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) baseados em negociação à vista (spot) de BTC. 

Esse dado da plataforma de monitoramento e pesquisa financeira SoSoValue corrobora o monitoramento de outras plataformas, que colocam as gestoras de ETFs entre as maiores baleias de Bitcoin em meio à escalada da criptomoeda, rumo a US$ 100 mil. Porém, exchanges, companhias privadas e de capital aberto também figuram nesta seleta lista que incluiu a estimativa de 2,4 milhões de Bitcoins, cerca de US$ 160 bilhões, perdidos para sempre, ou seja, 11,4% do suprimento total de BTC, que é de 21 milhões.

De acordo com dados da plataforma Bitcoin Treasuries, os ETFs que possuem Bitcoin, incluindo os brasileiros Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF (HASH11) e QR Assets (QBTC11), detêm 966.730 Bitcoins, cerca de US$ 64,7 Bilhões, ou 4,6% do suprimento total. 

Nesse grupo, a liderança é do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) com 415, 23 mil BTC, seguido pelo iShares Bitcoin Trust (IBIT) da gestora BlackRock, com 183,34 mil BTC, Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) com 112,91 mil BTC, CoinShares / XBT Provider (XBTE) com 48,46 mi e ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) com 35,36 mil BTC.

Apesar do avanço das gestoras, 11% do suprimento total dos Bitcoins permanecem em posse das exchanges de criptomoedas, que figuram entre as maiores baleias de Bitcoin, segundo o que apontou um levantamento publicado nesta quarta-feira pela BBC, a partir de dados de investigadores e plataformas on-chain, entre elas a BitInfoChats.

De acordo com o levantamento, as exchanges possuem um total de cerca de 2,3 milhões de Bitcoins, com fatias estimadas de 550 mil BTC da Binance, 403 mil BTC da Bitfinex, 386 mil BTC da Coinbase e 126 mil BTC da OKX.

Próxima das exchanges estaria uma “baleia adormecida”, ou possivelmente “morta.” Nesse caso, um conglomerado de detentores de Bitcoins considerados perdidos para sempre, estimados em 2,4 milhões de Bitcoins, 11,4% do suprimento total de BTC, pouco mais de US$ 160 bilhões. Nesse grupo está James Howells, o desenvolvedor britânico que jogou um HD fora contendo 7.500 BTC.

Isso porque o levantamento considerou uma estimativa feita pela empresa de gerenciamento de risco cripto Elliptic sobre 3,15 milhões de Bitcoins inativos há mais de 10 anos. Mas com a ponderação de que, desse total, 1,1 milhão de Bitcoins pertencem a Satoshi Nakamoto, que possivelmente está vivo e que não deve ter jogado seus Bitcoin fora, a exemplo de Howells.

O levantamento apontou ainda 1,6 milhão de Bitcoins em posse de baleias desconhecidas, 1,4 milhão a serem minerados e 933 mil em posse de instituições financeiras, entre outros atores conhecidos no ecossistema cripto, como o investidor Tim Draper (30 mil BTC), o fundador da empresa de software Microstrategy, Michael Saylor (18 mil BTC), e os irmãos gêmeos Winklevoss (70 mil BTC).

No radar dos especialistas também estão os novos rumos do Bitcoin depois da máxima histórica, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil