O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, aplicação que tem potencial de 'superar' as transações de TED e DOC no Brasil, terá sua "primeira fase" lançada oficialmente nesta segunda, (05).

Assim, nesta fase as instituições poderão liberar o cadastro, para seus clientes, das chaves de acesso ao sistema.

Segundo informou o Banco Central do Brasil, a participação nesse período, que vai de 05 de outubro a 02 de novembro, é facultativa a todas as instituições em adesão e condicionada à aprovação nas etapas cadastral e homologatória.

Até o momento, 644 instituições já estão prontas para iniciar de forma segura o cadastro das chaves na próxima semana.

O número vem crescendo de forma contínua, o que demonstra o forte engajamento e compromisso do mercado para o sucesso e adoção do Pix como meio de pagamento.

Além disso, segundo o BC, 25 das 35 instituições que se enquadram no critério de obrigatoriedade para participação no Pix estão nessa lista.

"Dentre as instituição aprovadas, há uma multiplicidade de agentes, entre bancos, cooperativas, instituições de pagamentos, fintechs, financeiras, entre outros, o que reforça o caráter aberto e universal do Pix", destacou o Banco Central.

TED e DOC

Embora com o lançamento do PIX as transações de TED e DOC continuaram sendo oferecidas pelos bancos a tendência é que este tipo de operação seja diminuída ao longo do tempo com a adoção do PIX.

Afinal, ao contrário do que ocorre hoje nas transferências de dinheiro entre contas correntes em que as taxas chegam até a R$ 15, no PIX isso será gratuito.

Além disso, as transferências feitas no TED e DOC podem demorar até 30 minutos enquanto no PIX elas deve ser de até 2 segundos.

"O primeiro ponto é que é baixíssimo o custo pelo uso da infraestrutura do BC. Um banco não pode cobrar para emitir um cartão de débito e pelas transações. A lógica é a mesma para o sistema de pagamentos instantâneos", afirmou o chefe de subunidade do Departamento de Competição do BC, o analista Breno Lobo.

CBDC

Embora a "primeira fase" do PIX comece neste dia 05 de outubro o serviço só estará disponível aos brasileiros oficialmente no dia 15 de novembro quando as transações pelo PIX estarão liberadas.

Entusiasta da tecnologia blockchain o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, vem afirmando que uma possível 'ultima fase' da implementação do PIX será a emissão de uma Moeda Digital para o Brasil.

Assim, recentemente, Campos Neto, confirmou que o Brasil deve ter uma Moeda Digital nacional, CBDC, até 2022 como parte do PIX.

A confirmação do presidente ocorreu durante uma apresentação à organização internacional Americas Society Council of the Americas.

Nela, Campos Neto destacou os avanços do BC e ressaltou as duas principais pautas de inovação financeira da instituição, o PIX e o Open Banking.

Durante a apresentação, Campos Neto destacou que a moeda nacional precisa ser "aperfeiçoada" e por isso, o BC planeja que a convergências destes pilares com os objetivos de modernização da economia tenham como resultado uma moeda digital para o Brasil.

"Vemos daqui para frente a união de uma forma de pagamento instantâneo, aberto e interoperável. com um sistema de dados aberto. Onde ele se encontram em algum momento lá na frente  junto com uma moeda que tem que ser aperfeiçoada", disse.

Confira todas as instituições aprovadas, até o momento, para oferecer o PIX.

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