Em um reunião que teria sido realizada pela Atlas Quantum, junto com uma comissão de clientes da empresa em 12 de dezembro a Atlas teria declarado que poderia honrar os saques de Bitcoins atrasados de seus usuários em até 7 anos, segundo informações compartilhadas em grupos no Telegram por usuários que teriam participado da reunião. A Atlas não confirmou oficialmente as informações.
A 'recuperação' da Atlas Quantum e o pagamento dos saques atrasados dos usuários começaria, segundo os relatos, por meio de um 'plano de recuperação' da empresa, que a Atlas deve tornar público em janeiro de 2020 e foi chamado de "Projeto Fênix".
Neste "Projeto Fênix" a empresa, de acordo com os relatos, pretende constituir uma nova holding que seria responsável por honrar os saques dos clientes, contudo, segundo as informações divulgadas, somente com a entrada de novo dinheiro será possível pagar as solicitações de saques requeridas pelos clientes atuais.
"A entrada de novos investidores é um dos pilares para viabilizar a consolidação desse novo modelo visto que trabalha de forma independente ao passivo preso nas exchanges e já existem propostas agressivas para quem entrar neste modelo tenha potencial de rentabilidade bastante alto. A expectativa é utilizar novas estratégias de investimento, que já estão sendo testadas em menor volume
Este projeto visa a recomposição do caixa uma nova modalidade investimento numa nova plataforma que será apresentada, no modelo de mútuo conversível. Para quem entrar como investidor, parte do capital será utilizado no caixa da empresa, parte em cold wallets e uma menor parte (10% a 30%) efetivamente exposto no mercado. O objetivo é minimizar novos problemas com exchanges" revelaram os clientes que teriam participado da reunião.
Segundo a comunicação dos clientes, o CEO da empresa, Rodrigo Marques, teria declarado que com a entrada em vigor do "Projeto Fênix" começaria a reconstituição da empresa que poderia ser recuperada totalmente, em uma perspectiva "muito conservadora e pessimista" no prazo de 3 a 7 anos, sem considerar os supostos saldos que estariam bloqueados em exchanges.
Desta forma, segundo a reunião, os clientes da Atlas Quantum, poderiam receber seus valores investidos na plataforma somente neste prazo, contudo, os clientes que teriam participado da reunião revelaram que a Atlas estuda "a revisão dos rendimentos do Quantum para as novas estratégias e uso de outros índices para honrar saques"
Ainda segundo os relatos divulgados, Rodrigo Marques teria dito que houve um avanço nas conversas com a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM), que teria declarado que a Atlas Quantum estaria perto de obter uma dispensa da CVM desde que trabalhasse "de acordo com as regras estabelecidas pelo órgão".
Recentemente a CVM destacou que todas as empresa reguladas pela autarquia devem cumprir a solicitação de saque dos valores investidos pelos seus clientes em até 02 dias. Contudo, aparentemente, a regra não se aplicaria a Atlas, segundo o comunicado, pois a empresa busca a 'dispensa' de regulamentação do órgão e não a 'regulamentação' da CVM, que implicaria no cumprimento do prazo para saques.
Além disso a empresa teria dito que está investigando os vazamentos de dados ocorridos recentemente e que há uma proposta de criação de um "Conselho de Investidores" com a participação ativa da Atlas.
Como noticiou o Cointelegraph, um usuário da AnubisTrade, plataforma de arbitragem de BTC que foi comprada pela Atlas Quantum, teria relato ter conseguido sacar cerca de 0.0065 Bitcoin de sua conta com a empresa. O valor embora não represente o pedido total de saque do cliente, teria surpreendido o usuário pois os saques na Anubis estão atrasados desde que a plataforma foi adquirida pela Atlas.
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