O economista e investidor Michael Burry, conhecido por uma aposta bilionária que previu a crise econômica global de 2008, fez uma série declarações contra o o mercado de tokens não fungíveis (NFT), que têm movimentado milhões de dólares em 2021.
No Twitter, Burry comparou os NFTs com o famosa fraude dos "feijões mágicos", que é um clássico da literatura universal e no Brasil foi até usada pelo pastor evangélico Valdomiro para vender uma suposta "cura contra a COVID-10". Burry publicou:
"Os NFTs existem para que os 'criptógrafos' possam ter um novo tipo de 'feijão mágico' para vender por dinheiro real e fingir que não estão vendendo 'feijões mágicos'"
Segundo matéria da Exame, a frase foi tirada de um estudo de David Gerard, um conhecido crítico dos criptoativos e da tecnologia blockchain. À Business Insider, Gerard disse que a teoria é "uma descrição correta" do mercado NFT, e completou:
"O universo cripto sempre foi sobre criar um novo tipo de 'feijão mágico' sem valor para vender por dinheiro real — primeiro foi o Bitcoin, depois altcoins, depois tokens de ICOs, depois DeFi, agora NFTs. Você *poderia* dizer que algo tem o valor que alguém está disposto a pagar por ele; mas *também* é justo afirmar que o valor instrínseco dessas coisas é zero. E você pode definitivamente ficar rico com eles, mas é muito mais provável que você perca tudo".
Burry, cuja história foi retratada no filme "A Grande Aposta", é conhecido por ter um estilo excêntrico e pouco presente nas redes sociais. Ele também chegou a criticar o Bitcoin e outros investimentos que foram populares neste ano, como ações da Tesla e da GameStop, classificando-os de "bolha especulativa".
A febre das NFTs ganhou o Mainstream desde que a maior liga de basquete do mundo, a NBA, e grandes casas de leilão de obras de arte passaram a adotar blockchain para certificar suas obras - a maioria delas digital.
Na terça-feira, o Cointelegraph Brasil apontou alguns dos artistas brasileiros mais promissores do mercado global de NFTs.
LEIA MAIS